Todo torcedor espera pelo time dos sonhos. É esse fenômeno que embala os sentimentos e as emoções daqueles que acorrem aos estádios e aos ginásios do mundo inteiro.
Basquete e vôlei são esportes que muito podem se beneficiar desses Jogos Pan-Americanos. O futebol feminino saiu consagrado, da mesma forma que alguns nadadores de alto nível, representantes do atletismo, das lutas, enfim, saldo positivo para um país cujo governo jamais investiu, seriamente, em políticas públicas para o esporte. E, depois, os governantes não querem ser vaiados.
São os próprios atletas que correm atrás de incentivos e patrocinadores, não raras vezes humilhando-se para obter uma pequena ajuda para dar seguimento à obstinada busca de novas marcas e de novas conquistas.
O futebol é a melhor marca de promoção do país, graças ao talento dos craques que se transformaram em produtos de exportação em grande escala. Entretanto, como o futebol feminino não conta com a mesma popularidade do masculino e muito menos recebe apoio da CBF, luta com extrema dificuldade para melhorar o rendimento. Essa medalha de ouro foi mais um incentivo, mas é importante destacar que os americanos vieram representados por uma equipe tecnicamente inferior. Ou seja, o futebol feminino brasileiro deveria ganhar mais apoio e atenção da CBF para tentar a medalha de ouro nas próximas Olimpíadas.
Se o futebol é o esporte das multidões, o vôlei e o basquete também conseguem arrastar bons públicos aos ginásios. Mas o nosso basquete experimenta período irregular. Por outro lado, o vôlei masculino ganhou prestígio em escala universal, tornando-se autêntico dream team.
A inspiração vem, naturalmente, do dream team americano de basquete, que se constituiu na atração máxima dos Jogos de Barcelona, acrescentando ao caráter competitivo do evento um toque de espetáculo e de show. Coisa em que os americanos são mestres.
A bem da verdade, a presença dos profissionais milionários da NBA fez do basquete um dos acontecimentos mais marcantes da história das Olimpíadas. O basquete americano foi o responsável pela atmosfera mundana e festiva que distinguiu os Jogos de Barcelona de qualquer outro e que, não tenham dúvidas, contribuiu para popularizar o esporte da cesta em todo o planeta.
O vôlei masculino brasileiro aproximou-se do basquete masculino americano, podendo ser chamado de dream team sem receio de infringir as regras da modéstia. Eles jogam de salto alto, mas nem por isso deixam de ganhar o jogo. O que é característica inimaginável, por exemplo, entre jogadores brasileiros de qualquer esporte coletivo.
Muitos aprenderam com os americanos, que são profissionais ao extremo: zelam melhor do que ninguém pela imagem individual, mas jamais desrespeitam as leis do jogo coletivo.
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