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Dentro do esperado, o Coritiba não se livrou da punição no STJD.

Foi um duro castigo que pode ser revertido, senão na totalidade pelo me­­nos em parte, no recurso junto ao Pleno daquela corte de Justiça esportiva. As fortes ima­­gens mostradas pela televisão, a agressividade dos torcedores que invadiram o campo e a necessidade de as autoridades esportivas apresentarem uma resposta satisfatória à opinião publica nacional acabaram levando ao resultado do julgamento de ontem.

Mutirão

Passada a tempestade e contabilizados os prejuízos, o Coritiba precisa iniciar o mutirão da sua ampla reabilitação.

De nada adianta protestar com o resultado do julgamento – a não ser pelas vias legais através de recurso a instância superior – ou lamentar a má sorte de o time ter caído de novo para a Segundona.

É importante, nesta reação coletiva voluntária da massa coxa-branca, que, primeiro, se encontre o nome adequado para liderar o movimento. É fundamental que o comandante da campanha de resgate do orgulho alviverde tenha o poder de unir as diversas correntes. Do contrário, o trabalho será penoso, agravado pelas circunstâncias, e levará maior tempo para recolocar o clube no devido lugar.

Além de uma gestão dinâmica, para reestruturar as finanças e, sobretudo, o futebol profissional, será imprescindível uma ação de marketing das mais eficientes.

Sem os desencontros verificados durante o ano em torno da comemoração do centenário, inclusive com a promessa de títulos e de shows que não se realizaram, desta feita o serviço de marketing terá de mostrar-se altamente qualificado com o objetivo de motivar o associado, em particular, e a torcida em geral a acreditar no projeto de recuperação.

O primeiro passo indicado seria a contratação de profissionais da área e a escolha do local dos jogos durante o período de cumprimento da pena do mando de campo. Quanto mais perto for a cidade escolhida, maiores serão as possibilidades de mobilização dos torcedores e, consequentemente, do apoio irrestrito à equipe nesta dramática quadra da longa história do Coxa.

Mesmo longe de casa, mas tendo a torcida ao lado, maiores serão as chances de o time responder, positivamente, nos imensos desafios que lhe reservam a próxima temporada.

Concomitantemente com o preenchimento da alma da torcida, na formação de uma só voz para o completo resgate da imagem do clube, surge importante a formação de um elenco de jogadores dispostos a enfrentar as dificuldades que permeiam o campeonato da Segunda Divisão.

Trata-se de uma competição na qual, mais do que a técnica refinada, exige-se completa doação física e aplicação tática para sobressair-se em gramados nem sempre de boa qualidade, com arbitragens de nível técnico inferior e a natural pressão de ter de jogar sempre fora de casa.

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