Com a eliminação do Cruzeiro, o futebol brasileiro ficou sem representantes nas semifinais da Libertadores, coisa que não acontecia há 23 anos.
Sinal de que é grave a crise técnica dos times, pois nem o atual campeão nacional escapou da derrocada continental.
A maioria dos clubes continua administrada de maneira leviana por dirigentes que trocam de treinador logo na primeira pressão da torcida, contrariada por um mau resultado, e contratam jogadores caríssimos que não respondem à altura, com destaque para Ganso, Leandro Damião, Alexandre Pato e outros menos cotados.
Os técnicos estão em baixa, inclusive com cabeças coroadas desempregados, verificando-se tremendo esforço para a descoberta de novos "professores". Gente que custa mais barato e acaba causando o mesmo efeito no comando de elencos inchados por empresários que se relacionam bem com os cartolas, aumentando sensivelmente o déficit dos clubes mal gerenciados.
Ainda bem que a seleção brasileira conta com poucos jogadores que atuam nas frágeis equipes locais e vêm da Europa com outra mentalidade e elevado grau de profissionalismo. Apesar de Felipão estar vivendo momento de exagerada exposição, transformado em garoto-propaganda de diversas marcas, contando com Murtosa também como auxiliar em filmes publicitários, tomara que dê certo na Copa.
Rodada
O Paraná abre os trabalhos do futebol paranaense tentando apagar a má impressão deixada na rodada passada, quando os três perderam. Ele receberá o Boa, logo mais, na Vila Capanema, com o compromisso de alcançar a segunda vitória.
Amanhã um desafio daqueles para o Coritiba: encarar o Cruzeiro, mordido pelo fracasso na Libertadores e obrigado a jogar completo para recuperar terreno no campeonato em andamento. Como exímio montador de sistemas defensivos, Celso Roth não deve estar preocupado. Porém, a ineficiência do ataque tem aumentado os teores de mau humor no Alto da Glória e, diante das circunstâncias, o empate é bom negócio.
Alguns destaques do jogo-teste da Arena da Baixada: a bela jogada individual de Marcelo, consagrado como o autor do primeiro gol no novo estádio; a emocionante homenagem ao craque Jackson do Nascimento pelos seus 90 anos exatamente no intervalo de Atlético e Corinthians os clubes que defendeu e pelo quais sagrou-se várias vezes campeão ; e a constatação de que o Furacão tem excesso de jogadores, mas não possui um time com o mesmo entrosamento e padrão de jogo do ano passado. Virou masoquismo o que a diretoria faz com Miguel Ángel Portugal que, por sua vez, não mostra personalidade, exigindo reforços à altura para vencer pelo menos jogo amistoso. Sem defesa consistente, a equipe acostumou-se a sofrer viradas e a torcida vaiou com razão, cobrando vitória sobre a Chapecoense.
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