Botafogo e São Paulo era o jogo mais aguardado do primeiro turno e acabou decepcionando pelo baixo nível técnico. Natural, afinal não é porque ponteiam a disputa que esses dois times teriam a obrigação de apresentar futebol de tirar o fôlego do torcedor. Talvez pudessem, se os técnicos não fossem tão medrosos e priorizassem tanto a marcação em detrimento da ofensividade.
Porém, analisando as escalações dos times não dá para exigir muita coisa, já que os jogadores reunidos são, em última análise, o que ainda sobrou de bom para o torcedor brasileiro assistir.
Com o início dos campeonatos europeus e com praticamente todos os principais jogos sendo apresentados pela televisão nacional, só nos resta este consolo para matar a saudade dos grandes craques brasileiros que atuam no exterior.
Os espanhóis, por exemplo, já gastaram 1 bilhão de reais na aquisição de reforços para a nova temporada. O Barcelona formou o ataque dos sonhos com Messi, Etoo, Henry e Ronaldinho, enquanto o Real Madrid foi mais contido. Mas continua tentando ficar com Kaká, que formará no Milan um supertime com Ronaldo e Alexandre Pato, entre outros, e está tentando tirar Ronaldinho do Barcelona por 60 milhões de euros.
A Juventus voltou à Primeira Divisão fortalecida, da mesma forma que o Bayern quer destacar-se na Alemanha, reforçado por Zé Roberto, Riberry e o artilheiro Klose.
Mas quem está com dinheiro saindo pelo ladrão é o futebol inglês. Se o Chelsea não conquistar algum título é melhor fechar as portas tendo jogadores como Lampard, Ballack, Makelelé, Essien, Drogba e Schevchenko.
Enquanto isso, por aqui, Alexandro Pato foi embora antes de completar 18 anos e Willian nem bem estourou no Corinthians e já está recebendo propostas de todos os cantos.
Sem craques não tem como fazer grandes jogos e, enquanto o futebol brasileiro não mudar esse modelo de administração, com esse tipo de gente que está no comando dos clubes o negócio é se contentar com peladas de luxo como foi Botafogo e São Paulo.
Ronaldo falou
Depois de ter acordado do sono de um ano para acusar a comissão técnica e jogadores, insinuando coisas contra Ronaldo, Ricardo Teixeira saiu, estrategicamente, de cena.
Dos acusados, apenas o técnico Parreira apresentou uma defesa frágil e inconsistente para tentar justificar o seu fracasso pessoal e de toda a seleção brasileira na última Copa do Mundo.
Mais contundente e com muito maior personalidade polemizou o goleador Ronaldo, com a autoridade de ter sido o artilheiro do Mundial, afirmando que Teixeira não é o dono da seleção. Disse que, se ele estiver em forma e jogando bem no Milan, voltará à seleção porque ela é do povo. Ou seja, o Fenômeno quer voltar nos braços da galera. Que assim seja.