O Atlético tornou-se, através dos tempos, um dos clubes mais famosos do país com nome, sobrenome e apelido. E agora, até com personalização internacional.

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Sim, porque o Santos é o Santos em qualquer lugar do mundo, como o Flamengo é o Flamengo e por aí afora. Com o Atlético, não.

Oficialmente, ele é conhecido como Clube Atlético Paranaense, porém, de saída, os menos avisados o chamam de Atlético do Paraná e a imprensa sul-americana o designa como El Paranaense. Em particular, ele atende por Furacão.

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Na verdade, quem está com a razão é a mídia estrangeira, já que as palavras Clube e Atlético são apostos enquanto que verdadeiro nome da entidade é Paranaense. Por isso, por exemplo, é mais fácil designar o Clube Atlético Boca Juniors apenas como Boca.

Estou escrevendo isso apenas para incentivar os atleticanos a cultivarem o simpático "El Paranaense", que o distingue dos demais clubes, já que existem diversos atléticos aqui e fora do país, mas Paranaense apenas um.

Seja Atlético, El Paranaense ou Furacão, a verdade é que o velho rubro-negro da Baixada está de volta a uma partida decisiva de caráter internacional, alargando as suas fronteiras e enchendo a calorosa torcida de orgulho.

Tecnicamente todos conhecem as virtudes e os defeitos do time de Vadão.

Ele próprio tem revelado sensibilidade na crítica da equipe, tanto que só abre mãos dos três zagueiros e dos dois volantes quando a vaca já está quase atolada no brejo. Não restaram dúvidas nos dois últimos jogos: só conseguiu virar em cima do Nacional e do Fortaleza quando abdicou do sistema de contenção, que mesmo assim não impediu que o time sofresse gols em profusão, e despregou as bandeiras atacando com cinco ou mais jogadores.

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Mas Vadão não está errado. Ele, mais do que ninguém, sabe que, se toma gol mesmo com todos esses cuidados defensivos, imaginem como seria se escalasse o time ofensivamente. O complicador é a baixa qualidade técnica do elenco que inibe o treinador a tentar oferecer outras alternativas táticas ao time. Nem nos goleiros reservas ele pode confiar.

No lado das virtudes, o Atlético conta com alguns jogadores interessantes, como o goleiro Cléber, o lateral Michel, o meia Ferreira e as revelações Marcos Aurélio, Pedro Oldoni e Válber. Sem esquecer, é claro, do esforçadíssimo Denis Marques. São poucos como se vê, mas mesmo assim Vadão tem conseguido superar as restrições técnicas e oferecer alternativas para que o time cumpra razoável campanha no Brasileiro e apreciável trajetória na Copa Sul-Americana.

Na partida de hoje, como tem acontecido nesta temporada, será mais um exercício de doação dos jogadores que, na base da superação, tentam alcançar os objetivos. Assim seja.