Por esses dias de pré-temporada os torcedores acompanham as estripulias dos incorrigíveis cartolas e o esforço concentrado dos treinadores na busca do esquema de jogo ideal.
Paulo Autuori optou pela mescla de jogadores jovens com alguns mais tarimbados, em condições de devolver a confiança como equipe visitante.
Paulo Cesar Carpegiani ganhou novos atacantes, mas continua com os mesmos volantes e com dificuldades nas laterais para ajustar o sistema defensivo.
Claudio Tencati aposta na experiência do time e acredita em melhor campanha no campeonato que se aproxima.
Wagner Lopes testa os novos jogadores sabendo que ele próprio será testado como técnico em começo de carreira.
Todos estudam as transformações táticas que brotam a cada momento e se esforçam para acertar a teoria na prática.
Sabem que dependem, fundamentalmente, da categoria técnica dos jogadores colocados à disposição.
Vale um olhar pelo cenário europeu para observar a nova tendência que é a volta dos três zagueiros, quatro trocadores de bola no meio de campo e três atacantes. Isso com a posse de bola, pois sem ela o esquema passa a contar com cinco defensores, quatro marcadores e apenas um homem na frente para a eventualidade do contra-ataque.
O “time da moda” é o Chelsea, do técnico italiano Antonio Conte, que vem causando mais furor do que o badalado Pepe Guardiola e o irregular Manchester City.
Depois de uma invencibilidade de 13 jogos o Chelsea foi derrotado pelo Tottenham, mas já se recuperou na rodada seguinte. O que fez Conte de tão moderno para tornar o time azul de Londres a principal referência do debate futebolístico entre profissionais, analistas e torcedores?
O retorno do trio de zaga que deixou o time praticamente impenetrável.
Guardiola, que se consagrou no revolucionário sistema de jogo do Barcelona com a posse de bola total, ganhou todos os títulos no seu tempo, foi bem no Bayern de Munique, mesmo sem nenhum título continental ou internacional. Agora tenta refazer a carreira no novo time de Gabriel Jesus.
Invicto há 40 partidas e com os reluzentes títulos de campeão europeu e mundial, o Real Madrid caiu diante do esforçado Sevilla do argentino Sampaoli.
Foi um jogão e a garra andaluz superou a refinada técnica dos merengues.
Voltando à dura realidade brasileira surgem como maiores novidades os técnicos Rogério Ceni, no São Paulo; Fábio Carille, no Corinthians; e Eduardo Batista, no Palmeiras. Vagner Mancini, Roger e mais alguns da nova geração também contribuem para as transformações estratégicas do nosso combalido futebol.
A tendência tática é fortalecer a defesa sem perder capacidade ofensiva. A conferir.
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