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Carneiro Neto

Enxurrada de jogos

Por causa das eleições, amanhã, a rodada foi antecipada, provocando verdadeira enxurrada de jogos em to­­das as divisões.

As eleições são chamadas de festa democrática, mas leva mais jeito de festival de mediocridade diante do baixo nível da maioria dos candidatos e, sobretudo, do que vimos, ouvimos e assistimos através da mídia e pelas ruas das cidades.

Nos países desenvolvidos as eleições fazem parte do calendário e não atrapalham a vida de ninguém como aqui. Lá não existe voto obrigatório, muito menos ruas emporcalhadas e propaganda obrigatória nas rádios e televisões.

Os partidos pagam os horários para a divulgação de seus programas políticos e os candidatos participam de debates na mídia, em associações, empresas etc., encarando os eleitores de frente sem a maquiagem dos engessados debates políticos brasileiros, que chegam a dar sono na população.

E no dia das eleições o cidadão que está a fim de votar tem o direito de sair do trabalho por duas horas, durante o expediente, para depositar a sua escolha na urna. Bem diferente do carnaval armado a cada nova votação em nosso país.

Mas, tristemente, parece que o Brasil insiste em cultivar o atraso, com muita gente fazendo pose e mostrando pouca inteligência.

Tratemos do futebol que é festa, alegria, emoção, arte e espetáculo. No futebol, sim, ganha o me­­lhor. E os melhores estarão em campo defendendo suas posições hoje, com destaque ao Coritiba que tentará manter a liderança da Série B diante do Santo André, no Alto da Glória.

Na Série A o líder Fluminense defenderá a ponta da tabela diante do Prudente, último colocado, e o Corinthians a segunda posição em partida também fácil contra o Ceará.

A barra vai pesar mesmo na luta pela terceira vaga na Liber­­ta­­dores, em Sete Lagoas, no jogo Cru­­zei­­ro x Atlético. O time mineiro, di­­rigido pelo paranaense Cuca, cumpre boa trajetória e está bem próximo dos primeiros classificados, enquanto o Furacão, comandado pelo gaúcho Carpe­­giani, rea­­liza empolgante campanha de reabilitação. O jogo promete ser dos melhores, lembrando que o Cruzeiro foi o único time a vencer o Atlético na Arena da Baixada.

Tecnicamente, as duas equipes se apresentam com entrosamento, bem afinadas em todos os setores, porém o poder de fogo mineiro é superior ao paranaense. Aliás, o principal problema atleticano localiza-se na linha de frente, setor no qual diversos jogadores foram testados e só agora Guerrón começou a produzir o esperado por aqueles que apostaram em suas virtudes como atacante perigoso. Por outro lado, Bruno Mineiro e Maikon Leite baixaram a rotação, não vêm jogando bem. Até pelo contrário, preocupam pelo excesso de oportunidades de gol desperdiçadas nas últimas partidas.

O conjunto e o condicionamen­­to físico deram ao Atlético a consistência necessária para alcançar o quinto lugar.

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