Desde o início o campeonato se caracteriza pela ausência de dois ou três favoritos, como manda a tradição, e sim pela consolidação de um grande equilíbrio entre os competidores. Há muito tempo não se via um bloco tão amplo de clubes disputando os principais postos, já que o comum era o surgimento de alguns candidatos mais fortes que se distanciavam na classificação e reduziam a disputa do título a um seleto grupinho.
Agora todos ganham e perdem pontos com rigorosa igualdade sem que alguma equipe consiga disparar. Sendo assim, os oito primeiros na classificação se sentem em condições de almejar o título, tendo em vista a pequena diferença de pontos entre o líder e o oitavo colocado. O nivelamento técnico por baixo tem sido a marca do atual futebol brasileiro, mas sob o ponto de vista de motivação, quanto mais renhida a disputa melhor será o campeonato e, consequentemente, aumentando o interesse dos torcedores em comparecer aos estádios.
Os nossos dois representantes estão no bolo, com maior grau de dificuldade para o Coritiba, que perdeu diversos jogadores importantes lesionados e terá pela frente o Corinthians, no Pacaembu, enquanto o Atlético receberá o irregular Criciúma na Vila Capanema com ares de favoritismo.
Poço sem fundo
Foi assim: o Paraná jogou muito bem, venceu o Boa, os jogadores não falaram depois do jogo, Dado Cavalcanti de longe o melhor técnico do clube nos últimos anos foi para a coletiva e botou a boca no trombone reacendendo antiga chama que corrói as entranhas do futebol paranista e impede o seu retorno à Série A, a diretoria silenciou e o presidente Rubens Bohlen afastou-se para tratamento de saúde.
Para quem se desfaz do patrimônio para tentar debelar o fogo cruel causado por dívidas sem fim a situação é mais do que preocupante, pois tudo indica que a crise financeira do clube virou um poço sem fundo.
O momento é grave e exige muita concentração de todos aqueles que gostam do Paraná para retirá-lo do sufoco em que se encontra. E derramamento de bílis não combina com a produção de neurônios. É hora de união, muito diálogo e, sobretudo, a definição de um planejamento que estipule prazos de vencimento para as diversas etapas até alcançar a solução final.
Vou dar um palpite despretensioso: a figura do cartola está com os dias contados na Vila Capanema. Essa instituição tão contestada, mas com imagem e atuação intimamente ligadas ao futebol, tende a desaparecer, assim como o mito do amor à camisa.
O personagem todo-poderoso, que manda mais no clube do que na casa dele, está sendo substituído por outro mais forte e duradouro o investidor. Sai o dirigente amador apaixonado, bem-intencionado, mas "durango kid" e entra em cena sua senhoria, o investidor, que sabe quanto custa uma paixão.
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