O excesso de erros cometidos pela direção do Atlético resultou na definição de um time lutador, porém deficiente, e que não resiste à pressão no segundo tempo. Tem sido sempre assim: apresentações de grande esforço coletivo na etapa inicial e insegurança na fase complementar. Ontem, depois de sustentar o empate nos 45 minutos iniciais, com nova excelente atuação do goleiro Neto, o Furacão pagou caro pela falta de ambição e sofreu uma goleada no Beira-Rio.
O Internacional possui um elenco muito superior e, a partir do instante que encaixou as jogadas de ataque, confundiu a defesa atleticana e desandou a marcar gols. Jogando com cinco zagueiros os três beques de ofício e mais Valencia e Chico, que só sabem desarmar e não têm qualidade técnica na saída de bola , ficou um vazio na meia-cancha atleticana. Com interminável sucessão de passes errados, o time de Leandro Niehues inexistiu em termos ofensivos. Manoel, um dos raros talentos rubro-negros, teve a atuação premiada com a marcação do gol de honra.
Os dirigentes passaram a semana inteira atrás de técnico em vez de tratar de encontrar os imprescindíveis reforços para a ala esquerda, a meia-cancha e o ataque. Com esse elenco será muito difícil qualquer técnico recuperar o time do Atlético a curto prazo.
Série B
Foram satisfatórios os resultados obtidos por Paraná e Coritiba na rodada passada da Série B. Não chegaram a apresentar grande futebol. Mas venceram, o que, em última análise, é o que interessa. Aliás, vejo este campeonato de acesso muito mais em função dos resultados do que como espetáculo.
Sinceramente, uma equipe vencer e ainda por cima dar espetáculo nesse campeonato estressante, equilibrado e difícil representa um luxo que dispenso aos nossos representantes. Que continuem vencendo, alegrando as torcidas e subindo na tábua de classificação. Isso é que importa.
O Paraná não encontrou vida fácil com o Vila Nova, que, mesmo não desenvolvendo campanha edificante, mostrou-se aguerrido e com personalidade na Vila Capanema. Mas o Paraná soube operar as ações em campo e somar os três pontos que o remeteram à vice-liderança. Amanhã, diante do cambaleante Sport de Recife, surge nova oportunidade para arrancar pontos jogando fora de casa.
O "Clássico Frangão", entre ASA e Coxa, foi muito acidentado, destacando-se a expulsão de Marcos Paulo, um complicador a mais para os arranjos promovidos por Ney Franco para tentar montar uma equipe minimamente competitiva diante de tantos desfalques. Acabou dando certo, graças à garra dos jogadores e à fragilidade técnica do bravo time de Arapiraca. Amanhã, na solidão de Joinville, o negócio é faturar a Ponte Preta, um adversário perigoso que briga pelo mesmo espaço que o Coritiba tenta ocupar.
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