O levantamento na gestão do futebol da dupla Atletiba nos últimos meses, os resultados colhidos e os custos financeiros registrados demonstraram que o exercício egomaníaco dos dirigentes atrapalhou a regularidade das equipes.
Quando acertaram nas contratações os resultados foram positivos: Marcelo Oliveira no Coritiba com títulos estaduais e o bi-vice na Copa do Brasil; Vagner Mancini no Atlético com o vice na Copa do Brasil e a vaga na Libertadores. Os acertos proporcionaram alegria às torcidas e bons resultados financeiros.
Quando erraram, os dirigentes causaram verdadeiros estragos no caixa dos clubes e no coração dos torcedores. A intempestiva dispensa de Marquinhos Santos custou caro ao Coxa, pois os sucessores fracassaram com destaque a Celso Roth que se enfiou em um emaranhado de contradições. Passou mais tempo dando explicações sobre as derrotas e recorrendo à herança do elenco fraco em melancólico e repetitivo lamento, quase monocórdio sobre um trabalho que jamais funcionou, constrangendo até os sócios-atletas de seu fã clube.
A egomania, também conhecida como auto-referência, nada mais é que do que desesperada prática diária de mostrar-se mais inteligente do que os outros, mais esperto, mais criativo e, sobretudo, diferente da maioria. Esse fenômeno custou muitas aventuras mal-sucedidas ao time do Atlético, realçando as experiências desta temporada com os treinadores Miguel Ángel Portugal e Doriva: assistindo aos jogos do Furacão, o futebol apresentado parece juvenil, sem graça, o torcedor fica esperando que algo aconteça e néris de pitibiriba.
O treinador espanhol fracassou porque não mostrou qualidades profissionais suficientes e o paulista foi equivocadamente contratado pelo título de campeão estadual. Ora, ora, dirigir o Ituano, sem maiores compromissos com a mídia e o grande público, jogando na retranca e surpreendendo os grandes em mata-matas ou penalidades é completamente diferente de, por exemplo, apresentar um esquema tático que conseguisse superar a retranca do Bahia, atacantes abertos pelos lados, jogadas de linha de fundo e a chegada dos alas e meias para o sufoco definitivo ao adversário. O interino Leandro Ávila até pode não repetir o êxito anterior, mas já mostrou que sabe mais do que o jovem Doriva.
O técnico quando é competente descobre talentos e encontra espaço para os jogadores. Um exemplo pronto e acabado é o avante Marcelo Moreno que não deu certo por onde passou e, nas mãos de Marcelo Oliveira, começou a jogar bem e a fazer gols pelo Cruzeiro.
Se os dirigentes forem mais humildes e souberem ouvir a voz da razão e do bom senso diminuirão as margens de erros e, com certeza, gastarão menos na desenfreada corrida atrás de jogadores que só engordaram as folhas de pagamento sem resultados satisfatórios em campo.
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