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O Atlético poderia ter liquidado a fatura no primeiro tempo quando dominou amplamente o Galo mineiro, criou inúmeras oportunidades de gol, marcou apenas um e marcou bobeira ao ceder o empate.

Branquinho desperdiçou três chances reais para marcar, revelando intranquilidade para dominar a bola, finalizar ou passar, em vez de chutar de primeira completamente sem direção e apenas Bruno Mineiro conferiu, de cabeça, logo no primeiro minuto.

No gol de empate assinalado por Obina, também de cabeça, falhou feio o zagueiro Manoel, que sequer saltou para tentar desviar a bola.

Na etapa complementar, o técnico Luxemburgo soltou um pouco mais o time, porém faltou-lhe capacidade técnica e organização para provocar melhor sorte na partida. Ao contrário, Carpegiani imprimiu mais velocidade e ofensividade ao Furacão que, mesmo afobado nas saídas para o ataque e errando muitos passes, correu bastante, lutou e esforçou-se a ponto de merecer o prêmio da vitória, que apareceu nos instantes finais.

Cruzamento de Paulo Baier que o goleiro não segurou, sobrando para o paraguaio González que bateu de primeira estufando a rede do arco mineiro.

Vitória sofrida, mas merecida e altamente reabilitadora na Arena da Baixada.

Andrade

Foi impossível não ficar emocionado com a entrevista de Andrade exibida pela RPC TV.

Pela simplicidade do personagem e, sobretudo, pela dramaticidade com que expôs a sua amargura diante do fato de que, mesmo tendo sido o técnico campeão brasileiro, foi despedido do Flamengo e desprezado pelos demais clubes.

Com a faixa de campeão no peito e o crédito por ter comandado o time campeão em circunstâncias de grande equilíbrio entre diversos candidatos ao título, Andrade simplesmente não recebeu nenhum convite para continuar trabalhando no futebol.

Por ter sido craque revelado na Gávea e com profundas raízes rubro-negras, Andrade padece do mesmo estigma que persegue treinadores com as mesmas características. O próprio Flamengo lançou alguns ex-atletas como técnicos – Bria, Carlinhos Violino, Júnior, entre outros – que só trabalharam no clube de origem.

Saulo, no Paraná; Nílson, no Atlético; e Krüger, no Coritiba, são exemplos conhecidos do futebol paranaense.

Todo ex-jogador, para decolar como treinador necessita, além dos conhecimentos táticos e incontestável liderança, muita personalidade nas relações com dirigentes e, sobretudo, a im­­prensa.

Os simplórios ou bonzinhos demais dançam. Como o título daquele filme de sucesso, o futebol é "Onde os fracos não têm vez". No ardiloso mundo da bola só os fortes sobrevivem.

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