Brasil e Holanda sempre fizeram grandes jogos em Copas, sendo que no primeiro cruzamento, em 1974, a Laranja Mecânica liderada por Cruyff, Neeskens e outros saiu-se melhor, vencendo por 2 a 0.
No segundo cruzamento, 20 anos depois, o Brasil deu o troco ganhando por 3 a 2 no célebre gol de Branco, em jogo cujos destaques foram os atacantes Bebeto e Romário de um lado, Bergkamp e Overmars de outro.
No terceiro encontro, nas semifinais de 1998, o Brasil voltou a vencer, mas só nos pênaltis defendidos por Taffarel. Bebeto e Ronaldo formaram o nosso ataque, enquanto Bergkamp e Kluivert também jogaram muita bola.
Hoje, o ataque brasileiro quer espremer a Laranja com Kaká, Robinho e Luís Fabiano, enquanto o ataque holandês gira em torno de Sneijder, Robben e Van Persie. Jogão à vista.
Prestígio exagerado
Por ser uma atividade lúdica com enorme penetração popular e com as partidas excessivamente mostradas pelas principais redes de televisão do mundo, o futebol supervaloriza os seus personagens.
Não questiono os altos salários de técnicos e jogadores, mas que existe prestígio exagerado no mundo do futebol não resta a menor dúvida.
Jogadores endeusados como Rooney, Drogba, Gilardino, Anelka, Henry ou Cristiano Ronaldo, para citar apenas alguns dos mais famosos que fracassaram de forma retumbante na Copa do Mundo, recebem verdadeiras fortunas e têm as suas carreiras infladas por mídia generosa sem corresponder, tecnicamente, à altura de muitos craques do passado que não ganharam tanto dinheiro.
Hoje em dia qualquer pelada é elevada à categoria de "jogo emocionante" e qualquer jogador é chamado de "craque", mesmo sem mostrar regularidade ou talento suficientes para merecer o ilustre apodo.
Claro que o nível intelectual da crônica esportiva também decaiu na mesma medida. A televisão é uma máquina de criar falsos gênios e fabricar sonhos em profusão.
E os técnicos adquiriram uma importância que na verdade do jogo de futebol não deveriam ter.
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