O futebol paranaense ficou estigmatizado pelos vice-campeonatos em competições relevantes como o Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil, Sul-Minas e, agora, a Primeira Liga.

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Os nossos três principais representantes – Atlético, Coritiba e Paraná – experimentaram a amarga experiência do quase campeão.

Desta vez foi o Atlético que reunia condições favoráveis para alcançar o título, mas acabou perdendo pela soma de todos os seus erros. Começou pelo pênalti desperdiçado por Nikão no último minuto do jogo com o Cruzeiro. Se tivesse convertido, a final com o Fluminense seria na Arena. Em Juiz de Fora o time carioca teve tudo a seu favor e mesmo assim por muito pouco não foi derrotado.

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Escalado com critério e taticamente bem distribuído em campo o time de Paulo Autuori suportou bem a pressão inicial do adversário e logo tomou conta da partida. As oportunidades para a marcação de gol foram sendo criadas e, desesperadoramente para o torcedor atleticano, desperdiçadas em alucinante sequência de más finalizações. A mais saliente foi a perdida por Walter frente a frente com o goleiro Diego Cavalieri e a bola atirada sobre o travessão. Lances dessa natureza têm ajudado a queimar o filme de Walter com a torcida. E creio que também com a diretoria que investiu alto na sua permanência e não está vendo o retorno esperado. Para completar o drama, uma grotesca falha do zagueiro Paulo André escancarou a retaguarda permitindo que Marcos Júnior marcasse o gol da vitória e confirmasse o estigma de vice que tem incomodado o Furacão nos últimos anos.

Rodada

Coritiba e PSTC abrem, amanhã, a última rodada antes das finais do Paranaense-2016. Mais uma vez o maior campeão do nosso futebol está praticamente classificado para a decisão. Só mesmo uma reviravolta com os mesmos teores daquela em que conseguiu eliminar o J. Malucelli poderá evitar que o PSTC se despeça da temporada. Algo muito difícil de acontecer. O Coxa não cometerá os equívocos do Jotinha por contar com jogadores de maior capacidade técnica, uma grande torcida ao seu lado e o peso de uma camisa centenária.

Gilson Kleina teve a semana inteira para orientar a equipe no sentido de jogar com seriedade e cumprir a formalidade para adquirir o passaporte de finalista.

Domingo a Vila será pequena para tantas emoções. Jogando em casa o Paraná tentará apagar as más recordações deixadas nos clássicos com Coritiba e Atlético neste ano. Claudinei Oliveira terá de reposicionar a meia-cancha para que o setor não seja dominado pelo adversário, como se verificou nos três clássicos anteriores. Contando com a ajuda da torcida e motivado por ser a última chance de voltar a uma final depois de dez anos os tricolores devem se multiplicar em campo.

O Atlético tem pouco tempo para esquecer o fracasso na Primeira Liga e pensar no favoritismo que carrega no confronto com o Paraná. O empate basta, mas a torcida espera mais desse time composto por jogadores de apreciável envergadura técnica, mas sem alma de campeão. Parece que falta alguma coisa no condicionamento psicológico do atual elenco do Furacão.

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