Duas semanas antes da cerimônia de entrega do Oscar de 1946, a atriz americana Joan Crawford informou a Academia de Hollywood que não poderia comparecer devido a uma desconhecida enfermidade que a deixou de cama sob observação médica.
A interpretação no filme Alma em suplício, de 1945, levou o seu nome para concorrer ao Oscar de melhor atriz.
Devia disputar o galardão que tanta esperava com rivais da categoria de Ingrid Bergman e Gene Tierney.
A imprensa ficou alvoroçada e noticiou com destaque o seu misterioso problema de saúde logo na semana do maior acontecimento na terra do cinema.
Os jurados, talvez comovidos com o estado de saúde da atriz, se deixaram levar pelo lado emocional e votaram maciçamente em Joan Crawford.
No dia seguinte, a intérprete, e põe intérprete nisso, recebeu a imprensa com a estátua na cabeceira de sua cama e com aspecto magnífico, arregalou aqueles olhos exuberantes emoldurados por caprichadas sobrancelhas esbanjando saúde e felicidade.
Havia se recuperado milagrosamente.
Joan Crawford tinha uma obsessão neurótica pelo êxito e sempre manejou a publicidade pessoal com astúcia e maestria.
Na semana passada, em audiência com o juiz federal Sergio Moro, o advogado paulista José Roberto Batochio tentou a estratégia da provocação na defesa do ex-presidente Lula. Só que em vez de defender o seu famoso cliente optou pela tática do ataque. Primeiro contra o magistrado mais respeitado do país; depois contra a cidade de Curitiba.
Lula apelidou a capital paranaense de “República de Curitiba”, agora o seu presunçoso advogado anexou o apodo “região agrícola do país”.
O futebol também tem muitos estrategistas. Alguns bem sucedidos; outros nem tanto.
Nas finais do Campeonato Paranaense de 2005 o Atlético dispensou o técnico Casemiro Mior depois da derrota para o Coritiba no primeiro jogo decisivo no Pinheirão. Colocou em seu lugar o supervisor Edinho Nazareth, venceu a partida e confirmou a conquista do título nos pênaltis.
Agora o Galo mineiro tenta a mesma receita com a dispensa de Marcelo Oliveira e a ascensão de Diogo Giacomini, da divisão de base, para tentar a salvação na final da Copa do Brasil com o Grêmio.
Para a maioria dos torcedores do São Paulo não passa de jogada política do presidente Leco a contratação do ex-goleiro Rogério Ceni como novo treinador.
Inexperiente na função, o desafio será enorme para o maior ídolo da história recente do tricolor do Morumbi.
Dois exemplos clássicos de estratégia inteligente: Telê Santana fez longo estágio nos juvenis antes de assumir o comando técnico do Fluminense. O mesmo aconteceu com Zagallo no Botafogo.
Governo pressiona STF a mudar Marco Civil da Internet e big techs temem retrocessos na liberdade de expressão
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Yamandú Orsi, de centro-esquerda, é o novo presidente do Uruguai
Por que Trump não pode se candidatar novamente à presidência – e Lula pode