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Atlético e Paraná que, por enquanto, navegam em águas turbulentas, mas ainda não entraram na zona crítica, tentam evitar o pior.

E estão certos, pois a queda para a Segunda Divisão além de representar um retrocesso, significa atraso técnico, perda mercadológica e, sobretudo, privação financeira. Está, aí, o Coritiba para confirmar o sofrimento dessa experiência dramática com a diminuição de suas cotas no Clube dos 13.

Seria um desastre ainda maior para o Paraná, que já sofre com a discriminação financeira imposta na repartição da verba da televisão. Ao Atlético restaria a sobrevida da primeira temporada fora da vitrine principal antes que o dinheiro encurtasse de vez.

Aparentemente os dirigentes estão atentos e preocupados, tanto que mudaram o comando do futebol e rezam para que venham dias melhores.

Matematicamente, cada um vai precisar de 50% de aproveitamento para evitar a queda. Tratem de voltar a ganhar em casa antes que seja tarde demais.

Ney Franco

Desempregado, mas bem conceituado, Ney Franco assume a direção do tumultuado elenco do Atlético. Nem entro no mérito se o seu contrato é de risco, diante das circunstâncias que cercam o grande clube em transe, ou até mesmo se o perfil dele é o ideal para o momento tempestuoso do Furacão.

Ele foi contratado e pronto. Resta saber como é que vai ser administrado esse elenco inchado, com excesso de jogadores tecnicamente medíocres, mas com uma luzinha lá no fim do túnel graças as contratações de Antonio Carlos e Ramon e o surgimento do jovem Fernando Miranda, que deixou boa impressão nos poucos minutos em que esteve em campo.

Por enquanto problema nuclear atleticano persiste: goleiro inseguro, alas sem recursos técnicos satisfatórios, meia-cancha irregular e ataque inofensivo. Não é pouco, Ney Franco.

Lori Sandri

Estive com Lori Sandri há 15 dias, após o lançamento do livro "O Feiticeiro do Futebol", em Paranaguá, durante jantar oferecido por Hélio Alves.

Sempre admirei o seu estilo de trabalho: simples e objetivo. A sua primeira grande experiência como treinador foi no Atlético, na conquista do bicampeonato paranaense em 1983. Pegou um grupo de feras, com Rafael, Celso, Heraldo, Cristóvão, Renato Sá, Nivaldo e Picolé, entre outros. Saiu-se bem e fez carreira vitoriosa.

Sua passagem anterior no Paraná foi positiva, porém esta promete ser árdua diante da limitação técnica da equipe.

Lori Sandri é mais experiente do que Gílson Kleina, mas não fará milagres se a diretoria deixar de providenciar contratações com urgência.

A zaga tricolor anda batendo cabeça, o meio-de-campo ficou sem criatividade e, conseqüentemente, o ataque perdeu o encantamento. Nem o matador Josiel tem resolvido.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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