Quando o presidente Luis Carlos Casagrande, o Casinha, afirmou que, faltando três rodadas para o final do campeonato o Paraná já estaria de volta para a Série A, duvidei do seu excessivo otimismo. E acrescentei: “Eu, hein”.
O tempo passou, as rodadas passaram e os problemas do Paraná continuaram os mesmos, até a aproximação do final de mais uma temporada frustrante para a torcida tricolor.
Menos mal que os garotos venceram o Londrina na partida final e sagraram-se campeões estaduais da categoria Sub-19. Fenômeno que pode se repetir com o Atlético, completo fracasso com a equipe principal em todas as competições do ano, que ganhou a chance de decidir o título da Copa do Brasil Sub-20 com o São Paulo.
Dinheiro curto, crise política, diversas contratações infelizes de jogadores e uma decisão da direção do futebol profissional que se revelou prejudicial ao time: a substituição de Fernando Diniz pelo inexperiente Fernando Miguel.
Agora é fazer um esforço coletivo para evitar o pior, representado pelo pequeno risco de entrar no rebolo do rebaixamento. O primeiro desafio na reta de chegada será o América-MG, sábado (14/11), na Vila Capanema.
***** EFABULATIVO
Jogador do Atlético-MG, Internacional, Atlético, Coritiba e Pinheiros, Antonio Dionísio Filho atuou durante alguns anos como treinador até abraçar a carreira de comentarista através de convite do talentoso narrador Marcelo Ortiz, da Rádio Banda B. Na emissora do fraterno Luis Carlos Martins, Dionísio transmitiu as suas experiências e alegrou, durante anos, as jornadas esportivas com sua verve e fino senso de humor.
Com a palavra o inesquecível Dionga: “Nosso time é como jantar de rico: tudo de primeira!”; “Esse meia-cancha que esta estreando hoje parece médium espírita novo: não acerta um passe!”; O jogo estava complicado no primeiro tempo, o time que eu comandava estava perdendo em casa e fui preocupado para o vestiário. Como bronca em jogador no intervalo do jogo não resolve, decidi meter um psicológico no grupo. Bati com a tranca da porta na mesa de massagem para chamar a atenção da rapaziada e avisei: ‘Cambada de vagabundos, voltem para o campo e tratem de mudar a história do jogo, senão vou ficar ainda mais brabo no final! Vencemos por 2 a 1 e recebi cumprimentos do presidente do clube pela psicologia aplicada’.
Tem mais: “Com esse negócio de as rádios fazerem off-tube, transmitindo as partidas servindo-se das imagens da televisão, minguaram as viagens. Outro dia, reclamei para o diretor executivo da emissora, o doutor Michel Micheletto, pois só tenho tomado sol no Parque Barigüi: Corro risco de virar o Michael Jackson...! “