Se a vitória do Japão sobre a badalada Espanha significou a primeira surpresa da Olimpíada, o Brasil ficou devendo no triunfo sobre o Egito.
A seleção encontrou facilidades diante de um adversário de segunda linha e abriu 3 a 0 com Oscar destacando-se como o principal jogador, enquanto Neymar mostrou-se excessivamente individualista e teimando em cavar faltas inexistentes.
Na etapa final o time de Mano Menezes acomodou-se permitindo que o adversário crescesse e ameaçasse com a marcação de dois gols em falhas grotescas da zaga. No segundo gol o desengonçado zagueiro Juan praticamente deu o passe para o atacante egípcio.
Com falhas na retaguarda e lenta na meia-cancha a seleção revelou que ainda falta muita coisa para lutar diretamente pela medalha de ouro.
No ataque, Hulk saiu-se melhor do que Leandro Damião, pois movimentou-se mais, sendo substituído por Pato que poderia ter marcado dois gols não fosse um cruzamento errado de Marcelo e a fominha de Neymar que em vez da assistência ao companheiro melhor colocado optou pela jogada individual.
Dono da casa
Novamente o time de Marcelo Oliveira alternou bons e maus momentos e teve de recorrer à garra dos jogadores para alcançar a vitória como visitante, coisa rara de acontecer nos últimos tempos com o Coritiba.
Repetiram-se algumas falhas no setor defensivo, porém a fragilidade técnica do Náutico permitiu que o Coxa virasse e saísse vitorioso dos Aflitos.
A entrada de Lincoln contribuiu para uma melhor distribuição de bola no ataque, mas principalmente o reaparecimento do avante Leonardo com direito a dois gols animou a todos. Aliás, um dos poucos erros cometidos pela atual diretoria foi não ter tentado manter Leonardo e Bill, importantes personagens na temporada passada, enquanto Marcel confirmou a má fase e Keirrison passou a se constituir em verdadeiro mistério.
Amanhã, frente ao competitivo Grêmio que conta com um dos elencos mais caros do país, o Coritiba terá de mostrar quem é o dono da casa.
Série B
Embolados no meio da tabela, Atlético e Paraná terão jogos difíceis, especialmente o Furacão que vem de uma apresentação lastimável.
O Guarani é um adversário de melhor nível técnico e certamente o Atlético terá de jogar muito mais do que vem mostrando para colher resultado satisfatório.
Jorginho segue tentando encontrar uma nova formação durante o campeonato, missão complicada, como se sabe, ainda mais pela ausência de um autêntico avante goleador daqueles que tiram o time do sufoco quando é preciso.
Na Vila Capanema, com favoritismo, mas sem o direito de cometer descuidos, o Paraná receberá o Ceará. O técnico Ricardinho conta com uma jornada positiva, pois não dá mais para perder pontos como mandante.