Ser campeão ou ganhar vaga na Libertadores não é fácil. É preciso, antes de tudo, o que o Atlético não fez nas últimas três partidas. Em vez de preencher os espaços, como no jogo em que surpreendeu o Galo, em Belo Horizonte, com organização tática de combate, o time de Milton Mendes mostrou despreparo emocional e, sobretudo, limitação técnica nos confrontos com os fracos Joinville, Figueirense e Vasco. Perdeu sete pontos para três dos piores times da temporada e distanciou-se do grupo de elite.
No vexame master de ontem, quando conseguiu ser derrotado pelo pior Vasco dos últimos tempos e por pouco não sofreu uma goleada no Maracanã, o Furacão não revelou capacidade para criar uma personalidade de jogo. Ou seja, não foi nem um time aguerrido, muito menos criativo e deixou-se dominar por um adversário tecnicamente sofrível.
Era no Maracanã, o velho templo do futebol brasileiro, que as estrelas tinham a obrigação de brilhar com intensidade. E isso o Atlético não teve. Atuações pífias dos seus principais jogadores e as mesmas falhas dos mais fracos.
Falta personalidade a esse time que oscila demais.
O Vasco não precisou de muito esforço para impor-se e construir a segunda vitória consecutiva em sua desesperada escalada contra o terceiro rebaixamento em oito anos. A equipe carioca apenas jogou com aplicação e soube tirar proveito das deficiências juvenis dos atleticanos.
Derrota injusta
O empate seria o resultado mais justo pelo mau futebol apresentado por Coritiba e Internacional.
O time gaúcho conseguiu marcar um gol, em falha lamentável do volante Cáceres – muitos torcedores confundiram-no com Lúcio Flávio, que foi vaiado ao sair de campo substituído no segundo tempo – que o veloz Valdívia aproveitou e serviu Vitinho, que realizou a jogada em dois atos para completar com sucesso. E foi só, demonstrando que o Inter está com futebol muito distante do grande investimento realizado no começo da temporada.
O Coxa, por sua vez, não se apresentou bem, mas a derrota foi injusta. Injusta porque, mesmo sem brilho e de maneira desorganizada, apresentou mais disposição e objetividade que o adversário, pressionou e por pouco não chegou ao empate.
Foi tremendamente prejudicado pela arbitragem que deixou de caracterizar uma penalidade máxima clara de Rafael Moura sobre Kléber.
Foi uma jogada grotesca do He-Man, que se projetou sobre o atacante derrubando-o na área em frente ao árbitro, muito distraído.
Aliás o apito nacional anda tão desmoralizado que o torcedor, além de sofrer com o seu time, tem de torcer para que o árbitro não erre em lances capitais. Socorro!
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