O Atlético sempre foi um clube diferente, não só pelo comportamento peculiar da sua inflamada torcida, mas pelos dramas vividos através dos tempos, tais como a queda para a Segunda Divisão paranaense em 1967, a morte do presidente Jofre Cabral no estádio em Londrina, a perda do título para o Coritiba no último segundo da partida decisiva na Vila Capanema, das diversas idas e vindas entre a Primeira e a Segunda divisões nacionais, a perda do bicampeonato brasileiro no jogo em que vencia o rebaixado Grêmio por 3 a 0 e cedeu o empate, a proibição de decidir o título da Taça Libertadores da América na Arena e, finalmente, esses cem dias sem ganhar um jogo em casa.
Do lado positivo, as comemorações atleticanas também foram sempre ruidosas, tais como a vitoriosa campanha do time apelidado de Furacão em 1949, o título da raça em 1970, os títulos ganhos dentro do Alto da Glória em decisões marcantes com o Coritiba, a construção de três estádios no espaço de 15 anos, fato inédito na história do futebol mundial o Pinheirão, onde os atleticanos compraram cadeiras, camarotes e boxes de estacionamento; a reconstrução da velha Baixada e a construção da moderna Arena da Baixada , a conquista dos títulos brasileiros das séries A e B e o tricampeonato paranaense.
Hoje em dia o torcedor vive a incerteza em torno de um time inseguro e de um técnico trabalhador, mas sem carisma. Somente as vitórias poderão recolocar as coisas em seus devidos lugares. E o São Caetano também não vem cumprindo boa campanha.
Preocupações paranistas
Não é o time do Figueirense embalado que mais preocupa o técnico Caio Junior. Mas a quantidade de jogadores lesionados ou daqueles em período de recuperação.
As ausências de Sandro e Leonardo foram as mais sentidas, porém se eles estão de volta outros jogadores importantes ficam fora.
É muito difícil manter o nível de regularidade desejável com o entra-e-sai de jogadores na equipe.
Querem um exemplo recente do que estou afirmando ? O Vasco dos tempos de Romário e o Vasco atual, sem Romário. Antes, era um time esculhambado, que ficava na dependência da vontade de o craque jogar ou não. Agora, com o mesmo Renato Gaúcho, um time organizado, bem condicionado e que vem mantendo admirável ritmo de crescimento técnico.
O que anda faltando ao Paraná é melhor aproveitamento ofensivo, mas ele só contará com isso quando Maicosuel voltar a jogar com Sandro e Leonardo, apoiados pela imprescindível ação dos alas em todos os procedimentos ofensivos.
A partida desta noite será difícil, mas o Paraná pode surpreender.
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