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Se o Brasil virou motivo de chacotas em jornais e televisões pelo mundo afora, a medalha de ouro em corrupção está garantida.

Fase ruim também para o futebol que se desestruturou pela ausência de um calendário racional, falta de visão estratégica da maioria dos dirigentes e equivocada política dos técnicos da base aos mais altos escalões.

Fiquemos, hoje, apenas com a parte técnica.

Desde que foi desprezado o seu aplaudido estilo próprio de jogar com a imitação de formulações táticas de outros países o futebol brasileiro perdeu a originalidade.

Em vez de meias armadores criativos e de atacantes dribladores os “professores” começaram a incentivar a criação de volantes marcadores, pegadores, pobres brucutus, enfim. Os atacantes passaram a ter a obrigação de recuar para ajudar nas ações de combate no fortalecimento do cinturão defensivo. É o chamado sistema de “marcar na frente”. Ou seja, atrapalhar a saída de bola no campo do adversário.

Não contamos mais com sucessores de craques geniais como Didi, Zito, Ademir da Guia, Dino, Gerson, Clodoaldo, Rivellino, Falcão, Cerezzo, Adílio, Rivaldo, Juninho, Kaká, Ricardinho, Alex. Ganso é a última esperança.

Muito menos atacantes que desconcertavam as defesas contrárias como Garrincha, Canhoteiro, Julinho, Jair da Costa, Dorval, Jairzinho, Valdomiro, Zé Roberto, Zico, Ronaldo, Romário, Ronaldinho. Neymar é a última esperança.

Como o futebol brasileiro não dispõe mais de craques em profusão, desabou o padrão técnico dos principais times e a própria seleção deixou de empolgar.

Basta observar o desinteresse do torcedor pela Copa América em disputa nos Estados Unidos e as críticas pelo jogo apresentado pela maioria absoluta das equipes da série A no Campeonato Brasileiro.

Pelo nivelamento por baixo mostrado nas primeiras rodadas, qualquer clube pode se habilitar à conquista do título.

Basta armar um sistema defensivo forte, rechear o meio de campo de jogadores marcadores e contar com dois atacantes que saibam marcar gols.

Claro que não está fácil formar um time competitivo, tanto que os considerados favoritos começaram patinando e, pelo menos, uma dezena de candidatos se apresenta na corrida para ficar com a taça.

Dentre os nossos representantes, o mais fácil de ajustar é o Atlético, que conseguiu formar uma base. Mas, falta um eficiente ala esquerdo, um meia de ligação mais preciso nos passes e um atacante com maior regularidade nas finalizações.

A posição do Coritiba é mais delicada. Começa pela escolha de um treinador experiente.

Quanto à sua zaga é melhor tentar desligar e ligar novamente nos cinco minutos finais de cada jogo.

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