Bom público, triunfo com um jogador a menos na maior parte do segundo período e a manutenção da liderança foram os ingredientes da festa na Vila Capanema.
Mas o jogo foi complicado para o Paraná, que não se apresentou bem na fase inicial. Nádson e Válber tentaram ganhar o duelo da meia-cancha, porém não conseguiram. O Atlético dominou amplamente, pressionou, conseguiu uma dúzia de escanteios e repetiu a proverbial incapacidade ofensiva nas finalizações. De novo faltou objetividade: muito toque e pouca penetração.
O técnico Claudinei Oliveira corrigiu alguns posicionamentos no intervalo e o Paraná voltou melhor chegando cedo ao gol da vitória. Robson foi muito habilidoso no drible que deixou o zagueiro Vilches sentado no gramado e concluiu com categoria.
Logo a seguir mudou o panorama radicalmente. A infelicidade tricolor foi no lance que resultou na expulsão do zagueiro Zé Roberto em grave erro da arbitragem. Vinicius simulou a falta, pois Zé Roberto nem encostou no meia atleticano.
Com um jogador a menos e o Atlético voltando a ter mais posse de bola, as coisas ficaram difíceis para o Paraná.
Entretanto, como os armadores do Furacão não acertavam os passes – Vinicius e Nikão, que substituiu o sofrível Cryzan, não conseguiram promover jogadas criativas para os atacantes – o desespero levou ao velho e repetitivo “chuveirinho”.
Com o passar do tempo o time do treinador Cristovão Borges virou uma miscelânea. Ao ponto do zagueiro Paulo André atrapalhar os atacantes Walter e André Lima na grande área adversária.
Bom para quem estava se defendendo para garantir a vitória e a liderança.
Foi um resultado que premiou o esforço e o brio dos jogadores do Paraná.
Coisa feia
Se compararmos as folhas de pagamento entre os elencos do Coritiba e do PSTC não dá para a torcida coxa-branca aceitar o resultado de ontem em Cornélio Procópio.
O goleiro Wilson, que praticou três defesas fundamentais no primeiro tempo, criticou publicamente a postura da equipe e o comportamento de alguns jogadores que não foram à luta.
Na primeira etapa o Coxa conseguiu apresentar um futebol razoável, abrindo o placar, acertando bola na trave e tendo um gol duplamente mal interpretado pelo bandeirinha: a bola bateu na trave e entrou; e o jogador que completou na volta de cabeça não estava impedido.
Mas o time comandado pelo treinador Reginaldo Vital, bem arrumado taticamente apesar da modéstia individual de alguns jogadores, empatou e virou na etapa complementar em bela jogada individual do atacante Lucão, que levou a defesa adversária no peito.
Coisa feia o que o Coritiba mostrou no segundo tempo da partida em Cornélio Procópio.
O Coxa fez por merecer a derrota.