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Na ausência de uma equipe destacadamente favorita, o Campeonato Bra­­si­­leiro repete o fenômeno registrado no ano passado com três candidatos diretos ao título: Fluminense, Corinthians e Cruzeiro.

O Internacional não tem mostrado estabilidade técnica para recuperar os pontos perdidos no período em que esteve envolvido com as finais da Libertadores e Atlético e Botafogo lutam apenas pela quarta vaga que pode voltar aos brasileiros no grande torneio continental.

Na temporada passada, Pal­­meiras, São Paulo, Internacional e Cruzeiro flertaram com o título durante diversas rodadas e ele acabou caindo, inesperadamente, no colo do Flamengo. Para isso o time carioca contou com uma defesa firme e os atacantes Petcovick, Adriano e Vagner Love em boa forma.

A falta de bons atacantes e, sobretudo, de artilheiros tem sido o drama dos times que desenvolvem as melhores campanhas. E dentre eles aquele que apresenta maior ineficiência ofensiva e, consequentemente, menor saldo de gols é o Furacão.

Mas não é por falta de aviso, já que desde o momento em que foi anunciada a contratação do segundo lote de gringos – o primeiro foi no início do ano com dois colombianos e o argentino Javier Toledo – alertei que a margem de erro se­­ria maior do que se esperava. O baixo rendimento de González e Nieto, no zero a zero com o Vasco, exasperou a torcida atleticana na Arena da Baixada.

Repito o que escrevi algumas ve­­zes ultimamente: se o Atlético ti­­vesse contratado atacantes de maior qualidade a esta altura não estaria lutando somente por uma vaga na Libertadores, mas pelo tí­­tulo de campeão, tamanha a irregularidade técnica dos competidores.

Funil

Se olharmos a classificação da Série B constataremos que o campeonato entrou na fase de afunilamento. Ou seja, tanto na ponta de cima quanto na de baixo as coisas estão ficando bem claras e restam poucas duvidas para a definição.

De baixo para cima parece inevitável o rebaixamento de Ipatinga e América de Natal, sobrando pouco espaço de manobra para Santo André e Brasiliense, se bem que o Vila Nova anda fazendo uma força danada para afundar um pouco mais. Com o provável rebaixamento de Atlético Goianense e Goiás na Série A, uma queda do Vila Nova para a Série C representaria trágica trifeta para o futebol goiano.

Como o Paraná esta ali, na bica para desmoronar, será fundamental a reabilitação, amanhã, frente ao Icasa, que se encontra nas mesmas condições. Será um jogo de desesperados na Vila Capanema.

No topo, a Portuguesa vai perdendo o fôlego e se distanciando do pelotão que briga pela classificação. Coritiba e Figueirense consegui­­ram dar uma estilingada, sobrando para América Mineiro, Bahia, Sport Recife e Ponte Preta a disputa por dois lugares na elite do nosso futebol.

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