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O Galo Mineiro investiu muito para o título que persegue desde 1971 e deu adeus na derrota para o Coritiba. Tudo porque, equivocadamente, montou um time de figurinhas carimbadas que terá de se contentar com a Copa do Brasil, se conseguir.

Na minha infância profunda os principais campeonatos vendiam álbuns de figurinhas e os jogadores mais famosos eram mais difíceis de encontrar. Figurinhas carimbadas, portanto. Como Lucas Prato, Fred e Robinho.

Como o Coritiba não tem nada com isso, dominou amplamente e construiu a merecida vitória de 2 a 0.

O primeiro gol foi uma homenagem ao silencio dos inocentes, no caso Raphael Veiga, que marcou um golaço. Ele tem sido injustamente vaiado pela torcida, como se fosse o culpado pela miopia dos dirigentes.

Com a dinastia Carpegiani em alta, Rodrigo substituiu o pai com competência e lançou o mistifório Kazim para bagunçar o esquema de Marcelo Oliveira: deu o passe para o primeiro gol e sofreu o pênalti que Kleber cobrou com competência.

Vitória abençoada.

Time Zumbi

A ousadia instigante de o Atlético disputar a Série A com um time praticamente juvenil tem alternado alegrias e decepções.

Na grama sintética da Arena da Baixada, com o apoio da torcida incentivada por um animador de baile infantil, a equipe sempre marca um golzinho e consegue a vitória, mas fora de casa tem sido um fracasso.

Não foi diferente na partida com o Vitória, onde sofreu um gol e conseguiu reverter ainda no primeiro tempo com dois gols de Pablo. O segundo foi de alta categoria, após um passe açucarado do argentino Lucho Gonzalez, quase um Lucho Gatica se fosse mais afinado.

O pior estava reservado para a etapa complementar, quando o Furacão pareceu em campo um time zumbi. Ou seja, alguma coisa privada de personalidade própria para se impor ao adversário.

Um desastre no conjunto e com atuações individuais pontuais de baixíssimo nível técnico de Sidcley, Otávio e, principalmente, Nikão, que reapareceu muito mal tanto física quanto tecnicamente.

Os baianos ocuparam os espaços e pressionaram bastante. O time de Paulo Autuori encolheu-se sem demonstrar capacidade de enfrentamento.

O atacante Marinho demoliu o sistema defensivo atleticano abrindo uma avenida pelo setor direito em cima do atarantado Sidcley e fez o Vitória virar o placar.

No gol de empate o avante David estava em posição de impedimento. Entretanto, na virada Marinho deu um drible espetacular em Paulo André e fuzilou inapelavelmente contra a meta de Weverton.

Sem identidade tática e muito menos personalidade técnica, no segundo tempo o Atlético facilitou a tarefa do Vitória.

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