A ausência de Ferreira não só desestruturou o já frágil meio-de-campo do Atlético como embaralhou a cabeça de Vadão, que fez uma verdadeira lambança tática na tarde de ontem. Poucas vezes o time esteve tão perdido e desencontrado como nessa goleada do Goiás.
Após o jogo com o Galo mineiro pedi uma semana para tentar entender o novo esquema adotado pelo treinador e, ontem, percebi que ele perdeu-se completamente, já que os defensores se confundiram, a meia-cancha inexistiu e o ataque desapareceu.
Frustração geral para os pouco mais de 7 mil atleticanos que foram à Arena da Baixada, demonstrando que a torcida anda desanimada com o baixo nível técnico desse time.
O Goiás foi uma equipe determinada, que marcou forte e soube tirar proveito da mediocridade do adversário, especialmente do goleiro Guilherme, que saiu muito mal da meta no segundo gol. O técnico Bonamigo mostrou conhecimento de causa explorando muito bem a fragilidade da meia-cancha adversária e os enormes furos de sua retaguarda.
O time atleticano revelou incapacidade de reação por falta de recursos técnicos e levou um passeio nos instantes finais provocando a torcida, que pediu a cabeça de Vadão.
Mas não resolve nada mudar o técnico se o clube não contratar melhores jogadores, coisa que vem sendo reclamada há quase dois anos.
Bobeira
De pouco adiantou o golaço de Neguette, a grande atuação e os gols de Josiel e a boa apresentação de Vandinho, se a defesa do Paraná estragou tudo no segundo tempo.
O jogo chegou a ficar tão fácil para o Tricolor que não se imaginava um resultado tão extravagante. No começo, 3 a 0; no início da etapa complementar, 4 a 2 e, no final, 4 a 4.
O desastre começou com a penalidade máxima infantil e desnecessária cometida pelo zagueiro Daniel Marques. Não fossem as grandes intervenções do goleiro Marcos Leandro, no apagar das luzes, e o Náutico teria virado o placar.
Pintado terá muito trabalho durante a semana até o encontro com o Corinthians.
Ajuste
Não sei se a idéia foi do interino Edison Borges ou do recém-contratado René Simões, mas o ajuste tático do time melhorou sensivelmente o padrão de jogo do Coritiba.
Claro, ainda longe do ideal, mas, pelo menos, o suficiente para dominar as ações, chegar ao gol e bater o fraco Clube do Remo.
Mesmo assim o maior destaque foi o goleiro Édson Bastos, seguido de perto por Anderson Lima em nova função e, sobretudo, Marlos que, com Pedro Ken, conseguiram dar outro ritmo ao Coxa. Ah, mais uma vez lembro aos técnicos que passam pelo Coritiba: Keirrison é, disparado, o melhor atacante do elenco e merece ser titular.
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