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Depois de muitas especulações o Coritiba soltou a fumaça branca na chaminé do Alto da Glória, anunciando o nome do futuro técnico do time.

Marcelo Oliveira foi indicado por Ney Franco, que, além de conhecê-lo do futebol mineiro, acompanhou o seu trabalho no Paraná e não esqueceu da única derrota coxa-branca no Campeo­­nato Estadual, no clássico em Pa­­ranaguá.

Marcelo Oliveira poderia ter deslanchado na carreira há alguns anos se não fosse vinculado ao trabalho no Atlético Mineiro. Veio para o Sul e, no comando do Para­­ná, mostrou conhecimento e ca­­pacidade de liderança, afinal não é moleza tocar o barco no tumultuado mar tricolor.

Salários atrasados, promessas não cumpridas e outras dificuldades atazanaram a vida do técnico e dos jogadores do Paraná, impedindo a realização de melhor campanha.

No Coritiba ele terá melhores condições, mas sabe que o elenco necessita de reforços.

Quem tem, tem

O apogeu do futebol brasileiro deu-se no período em que a seleção conquistou o tricampeonato mundial. Foi ali, com a famosa geração de ouro, que o nosso futebol firmou o seu prestígio internacional.

Jamais houve tamanha profusão de super craques em um único país durante 15 anos: Pelé, Didi, Gar­­rincha, Gerson, Tostão e Riveli­­no, apenas para não alongar muito a lista.

Mais tarde, esparsamente, surgiram outros talentos, como Zico, Ro­­mário, Rivaldo, Ronaldo e Ro­­naldinho Gaúcho, que ajudaram a consolidar a marca vencedora da seleção. Ganso e Neymar são as principais promessas, mas precisam amadurecer e mostrar resultados em campo vestindo a camisa canarinho.

Quem tem o craque, tem, daí a preocupação com a atual safra que não é tão rica em valores como no passado.

Sem aquele jogador que desequilibra torna-se difícil uma equipe brilhar e a história está repleta de exemplos. Foi assim quando Portugal teve Eusébio, quando a Romênia teve George Hagi, quando a Bulgária teve Hristo Stoi­­chkov, quando a Hungria teve Pus­­kas, quando a Inglaterra teve Bobby Charlton, quando a Ale­­ma­­nha teve Beckenbauer, Overath e mais adiante Matthäus, quando a Holanda teve Cruyff, quando a Argentina teve Mara­­do­­na, quando a França teve Zidane ou, agora, a Espanha com Xavi e Iniesta.

Quem apresenta maior quantidade de jogadores com capacidade de desequilibrar é a seleção argentina. Messi não realizou uma Copa de alto nível – que é o cenário ideal para a consagração dos gênios da bola –, mas continua mostrando futebol de elevada qualidade. Só que a Argentina é mais do que Messi. Ela é também Diego Milito, Tevez, Agüero e Higuaín.

Tudo isso serve como alerta ao técnico Mano Menezes na preparação da equipe que disputará, no próximo ano, a Copa América em gramados argentinos.

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