Furacão caseiro

Com público abaixo dos padrões da moderna Arena da Baixada, o Atlético manteve a média de bons resultados como mandante.

O Furacão caseiro, que inexplicavelmente se comporta com extrema timidez como visitante, foi superior em tudo a Ponte Preta, que pelo excesso de reclamações comportou-se como equipe pequena, que é.

O goleiro Aranha teve trabalho e não conseguiu evitar o gol de Thiago Heleno em penalidade máxima cobrada com firmeza. No segundo tempo os jovens atleticanos colocaram o adversário na roda, com destaques individuais para Rosseto e Lucas Fernandes, que se deu ao luxo de fazer bela jogada e acertar a trave.

Léo, em lance da grande categoria, marcou o segundo e o iluminado Thiago Heleno fechou a conta com uma cabeçada certeira.

O triunfo, com apresentação convincente, deve mudar o olhar do torcedor sobre o time-laboratório preparado por Paulo Autuori.

Derrota inapelável

O que se viu no Allianz Parque foram dois times bem ensaiados por Cuca e Carpegiani, porém com as deficiências individuais que caracterizaram o futebol brasileiro atual.

Segurando-se na defesa, o Coritiba conseguiu evitar o gol do Palmeiras durante o primeiro tempo. Mas foi agônico para o torcedor coxa-branca, porque o time só se defendeu e sem graça no meio de campo, a esperança de um ataque perigoso foi néris de pitibiriba.

Na etapa final o líder do campeonato beneficiou-se de uma saída inconclusiva do goleiro Wilson e Leandro Pereira abriu a contagem com gol de cabeça.

Daí em diante só deu Palmeiras, com diversas oportunidades desperdiçadas e pelo menos duas intervenções seguras de Wilson.

O segundo gol surgiu depois de autêntica linha de passe dos palmeirenses em plena grande área coxa-branca: quatro jogadores apareceram em condições de finalização sem nenhum zagueiro para incomodá-los e coube a Mina concluir com a meta vazia.

Com a derrota inapelável, o Coxa ainda diminuiu a contagem com um toque de classe do jovem Iago, cintilante promessa que surgiu nesta temporada.

Londrina chegou

Por caminhos tortuosos, mas com muito mérito, o Londrina finalmente chegou ao seleto grupo dos quatro clubes que almejam a ascensão para a Série A. Foi uma vitória difícil, com requintes de emoção e dramaticidade até o final. Zé Rafael foi o personagem principal no Serra Dourada: abriu o placar, nos instantes finais o Vila Nova empatou e nos acréscimos o atacante marcou de novo assegurando o triunfo consagrador.

O Paraná mais uma vez decepcionou e foi abatido pelo Náutico para tristeza dos poucos torcedores que se dispuseram a comparecer na Vila Capanema.