Pela primeira vez nesta temporada o time do Atlético mostrou que pode evoluir e, com mais reforços, recuperar o prestígio junto à torcida. Mas a goleada sobre o Internacional, recheado de jogadores reservas e ainda assim chutando três bolas na trave de Weverton, deve ser recebida com cautela pelos atleticanos.
No primeiro tempo, mesmo com o gol de Walter – o dono da noite com participação nos três momentos que balançaram as redes coloradas –, observou-se uma sucessão intermitente de passes errados. No segundo tempo, a equipe melhorou a qualidade do passe e, exatamente por isso, envolveu a retaguarda contrária, chegando ao placar que elevou o moral do grupo comandado por Milton Mendes.
O Inter veio certo de que, mesmo com os suplentes, conseguiria vencer na Arena da Baixada. Mas, como dizem os gaúchos, o Furacão “pelou a coruja”.
Visitante cordial
Em sua quarta derrota consecutiva, o Coritiba deu toda a pinta de que venceria a Chapecoense, um time tecnicamente limitado. Começou bem distribuído em campo, com plano tático definido, os alas Norberto e Carlinhos apoiando com eficiência, Helder e Negueba se movimentando na meia-cancha procurando a aproximação com Rafhael Lucas. Saiu o gol e o panorama ficou ainda mais favorável.
Porém, inexplicavelmente, o time reduziu a marcha, cedeu espaços ao mediano adversário e sofreu o empate em tiro longo que o goleiro Bruno colaborou ao espalmar a bola.
No segundo tempo, repetiu-se o estranho comportamento do Coxa que tentou se impor no início, mas pouco a pouco foi se entregando aos desígnios da Chapaecoense, que aproveitou para ganhar a partida.
O Coritiba repetiu a incômoda tradição de visitante cordial nas últimas temporadas em que registrou aproveitamento pífio fora de casa.
Desta feita, Marquinhos Santos poupou os jogadores e prometeu maior concentração para o próximo jogo.
Com o pé direito
Em meio às turbulências políticas e a grave crise financeira que o persegue há anos, o Paraná iniciou a caminhada na Série B com o pé direito.
Levando-se em consideração o pouco tempo de trabalho do treinador Nedo Xavier e a chegada de diversos jogadores contratados para tentar reerguer o time que fracassou no Estadual, a atuação frente ao Ceará foi positiva.
Especialmente no primeiro tempo quando dominou o adversário e chegou ao gol da vitória. E que gol! Eder cruzou a bola para a área e Henrique aplicou um toque de letra que derrubou o goleiro cearense.
O Tricolor diminuiu o ritmo no segundo tempo e sofreu pequeno assédio, mas o experiente Marcos assegurou o escore com defesas importantes.