| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O maior escândalo de corrupção da história política e a gigantesca crise econômica afetaram todos os setores de atividade do país.

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O futebol, como não poderia deixar de ser, sente os efeitos ásperos da recessão.

As grandes empresas retraíram-se com a queda nas vendas e um dos primeiros cortes sentido pelo mercado foi a propaganda. Encurtaram as verbas de publicidade nas emissoras de rádio, televisão, jornais, revistas e também nos anúncios dos estádios e uniformes dos times de futebol.

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Como a crise persiste e está emplacando dois anos tornou-se inviável o investimento em um patrocínio esportivo, onde a marca é fixada na memória do público, porém o retorno não é imediato para as empresas em quase todos segmentos.

Outra agravante é a falta de transparência na gestão da maioria dos clubes, que afastam os potenciais investidores publicitários que temem associar suas marcas ao jogo político da bola.

Pela primeira vez os principais clubes estão há anos sem patrocínio fixo nas camisas. São feitos contratos de curta duração com acordos pontuais e, consequentemente, com menor rentabilidade.

A alternativa encontrada foi o patrocínio “chapa-branca”.

Para quem não lembra, antigamente as placas brancas identificavam os veículos do Governo e seus órgãos.

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Também havia a placa de bronze, reservada às autoridades do primeiro escalão do Poder Executivo e aos presidentes dos poderes Judiciário e Legislativo. Os velhos “galáxies” da Ford reluziam pelas avenidas.

Os jornais que recebiam verbas especiais dos governantes eram chamados de imprensa chapa-branca, assim como outros veículos de comunicação que entravam no “jabaculê” oficial.

Pois agora a maioria dos times da Série A do Campeonato Brasileiro recebe patrocínio chapa-branca da Caixa Econômica Federal.

Tradicional banco estatal, que passa por um momento de profundas transformações estruturais, a Caixa informa que o patrocínio tem o propósito de transmitir uma mensagem de dinamismo e agilidade com potencial de rejuvenescimento da marca.

Oferecendo valores maiores do que de empresas privadas do setor bancário, a Caixa passou a representar a tábua de salvação dos chamados grandes do futebol brasileiro.

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Temperatura alta

Além do forte calor desses dias o campeonato promete uma partida com temperatura alta entre Coritiba e Fluminense, domingo (23), no Couto Pereira.

Vindo de uma sequencia de maus resultados e o improvável recurso para anular o jogo com o Flamengo, o Tricolor carioca luta, desesperadamente, pela reabilitação.

Não é diferente o panorama do lado coxa-branca, afinal o time está de novo muito próximo da zona de rebaixamento.