Atlético e Coritiba classificaram-se para a próxima fase do campeonato com dois empates melancólicos dentro de casa.
Sinal claro de que, tática e tecnicamente, continuam engatinhando nesta temporada que entra no terceiro mês; sinal de que com esses elencos de jogadores dificilmente conseguirão alcançar os objetivos desejados.
Ou seja, o Coritiba precisa melhorar muito para voltar à Primeira Divisão e o Atlético terá de encontrar jogadores experientes e de elevado nível técnico para compatibilizar em campo o impacto provocado, na arquibancada e na mídia, pela contratação do alemão Lothar Matthäus. Por enquanto o que se vê na Arena é muita espuma e pouco futebol.
Mas o mais grave no Campeonato Paranaense é o sofrível padrão das arbitragens, particularmente dos novos apitadores que, lastimavelmente, surgem com os mesmos vícios dos antigos.
O mesmo apitador que foi mal na condução de Coritiba x Londrina recebeu o prêmio da Quarta-Feira de Cinzas e estragou o jogo Atlético x J. Malucelli. Repetindo o que havia acontecido no sábado, com outra arbitragem desastrosa, foi liberada a temporada de caça ao atacante Dagoberto.
Do jeito que os zagueiros estão marcando e batendo, sob os olhares complacentes desses árbitros pusilânimes, o bom jogador não pode mais jogar futebol por aqui. E não se trata apenas de Dagoberto, mas todos aqueles de estilo driblador, ousado, improvisador, individualista no melhor sentido do termo. Produtos legítimos da escola pentacampeã do mundo.
Estão todos eles condenados pela brutalidade de beques e cabeças-de-área que, ao contrário, não sabem jogar, e pela atitude reprovável de técnicos igualmente medíocres que estimulam a violência nos próprios times.
Contam com esses verdadeiros cabeças-de-bagre com a cumplicidade de árbitros inseguros e alienados que não conhecem as regras básicas do futebol e não têm consciência de sua responsabilidade na condução dos jogos. Assistem impassíveis a verdadeiras atrocidades cometidas contra as leis do futebol e contra quem entra em campo para jogar, como se não tivessem nenhuma obrigação moral e ética na preservação do espetáculo esportivo.
E o problema não se resume ao aspecto disciplinar mas, também, a parte técnica já que, invariavelmente, o time bem estruturado e com melhores jogadores acaba prejudicado pela igualdade esculpida a machadadas durante as partidas. Ou seja, o time inferior se equipara ao superior graças a marcação implacável, não raras vezes desleal e, sobretudo, a falta de critério e de conhecimento do árbitro que é colocado em ação sem estar devidamente preparado para o cumprimento da nobre missão esportiva.
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