O goleiro Flávio, que brilhou intensamente no Atlético, confunde o seu nome com a história recente do Paraná.

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Trata-se de um jogador compenetrado de suas responsabilidades, dedicado, experiente e que exige o máximo dos companheiros. Até hoje não entendi a razão pela qual ele foi dispensado do Atlético, no auge da carreira e coberto de glórias.

Ocorre que o goleiro é a figura central de qualquer sistema defensivo e, exatamente por contar com um profissional com os recursos técnicos e a vivência de Flávio, o Paraná vem alcançando tanto sucesso.

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Ele não só defende a meta como orienta a linha de zagueiros e, sobretudo, cobra o posicionamento, alerta para a distribuição dos jogadores na área. E como aconteceu no jogo de ontem, chuta o balde.

Contrariado com a indecisão da zaga, não se conformou com o gol do Cascavel e terminou a partida praticando grandes intervenções, impedindo que o adversário chegasse ao empate e reclamando da confusão que se estabeleceu na retaguarda tricolor.

Ao mesmo tempo, o Atlético sofria o gol de empate do Paranavaí em novo lance de desatenção dos beques – o autor do gol subiu entre três atleticanos e cabeceou sem ser acossado por nenhum deles – e de indecisão do goleiro.

Aliás, não é apenas por causa da limitação técnica dos jogadores, ou pela comprovada dificuldade de o técnico Vadão ajustar o posicionamento da defesa, que o Atlético tem levado tantos gols nas chamadas bolas aéreas. Tem a ver também com o mau desempenho dos goleiros. E isso vem desde os tempos de Diego – apenas dois exemplos: o gol de Tuta no título do Coxa na Arena e os gols no desastre de Erexim. Ou seja, desde que Flávio saiu o Furacão tem levado uma quantidade enorme de gols de cabeça e o problema parece sem solução a curto prazo.

Em compensação, o Coritiba vinha enfrentando problemas com goleiros e recuperou a postura defensiva com o retorno de Artur. Ontem, em Maringá, ele foi o principal responsável pelo empate, especialmente no primeiro tempo quando operou prodígios.

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A presença de Artur devolveu a tranqüilidade, pois se trata de um jogador com visão completa da situação, que conversa com todos e sabe orientá-los em todos os momentos.

Por isso os técnicos possuem o seu goleiro de confiança e não abrem mão desta condição.

Em toda convocação de seleção brasileira abre-se o leque de discussões em torno dos nomes de praticamente todas as posições, menos a do arqueiro. Claro, todos sabem que ele precisa merecer a confiança do treinador dentro do princípio de que todo grande time começa por um grande goleiro.

Trata-se de uma escolha personalíssima, diante da importância dele em qualquer time de futebol. Portanto, quem conta com bom goleiro sabe que ele pode fazer a diferença na luta pelo título de campeão.