O futebol brasileiro, assim como o país de maneira geral, atravessa grave crise política, administrativa e econômica sem data para acabar. No futebol, observa-se igualdade na crise.
Equilíbrio técnico, apesar das diferenças econômicas entre os participantes, confirmando a tese de que mais vale a competência e o trabalho bem executado do que os recursos financeiros captados.
Não raras vezes o dinheiro em excesso acaba atrapalhando, um pouco pela incapacidade dos dirigentes e muito pelos interesses colocados em jogo no altar das negociações entre clubes e empresários de jogadores.
Basta correr os olhos pela classificação e verificar que entre os primeiros colocados apenas o Corinthians faz parte do seleto grupo que recebe maiores verbas da televisão. Atlético-MG e Fluminense integram um tipo de segunda linha na divisão do bolo conforme o ranking de torcidas e Sport e Atlético figuram mais abaixo.
E o que dizer da modesta Chapecoense que se encontra a frente de gigantes como Internacional, Flamengo, Cruzeiro, Santos e Vasco?
Esta é a realidade do futebol. Como a parte técnica esta muito nivelada tudo é possível.
Com a capotada geral dos nossos representantes na Libertadores – pelo segundo ano consecutivo – restou a glória interna pela disputa dos títulos da Copa do Brasil e do Brasileiro. Os derrotados no torneio continental entram nesta fase, aumentando o interesse do público pela Copa do Brasil.
Como escrevi há alguns meses, o Galo possui o elenco mais equilibrado, conta com o mesmo treinador, que conhece bem os jogadores, e consegue despontar na disputa. O Internacional, que gasta os tubos a cada ano para reforçar o time, sempre apontado pelos apressadinhos da mídia como um dos favoritos, e o estelar São Paulo estão caindo pelas tabelas. O Palmeiras encheu a prateleira e Marcelo Oliveira tenta colocar ordem na casa.
Não existe nenhum favorito ao principal título nacional e não se assustem se, no returno, tudo virar de cabeça para baixo na classificação.
Dentre tantas dificuldades para a equipe manter regularidade na longa competição, uma se destaca: a volatilidade do mercado.
Vejam o Furacão, por exemplo. Um dos principais trunfos de Milton Mendes foi ajustar o sistema defensivo com Eduardo, Vilches, Kadu e Natanael, fixando o jovem Otávio como primeiro volante com capacidade para defender e sair jogando com categoria. Natanael já foi vendido e Eduardo, que não pertence ao clube, recebeu proposta do exterior. O técnico só conta com Sidcley para a lateral esquerda.
Por isso é tão difícil exigir conjunto, qualidade técnica e campanhas lineares dos times brasileiros.
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