O atacante Deivid abandonou o trabalho alegando falta de cumprimento de compromissos assumidos pela diretoria do Coritiba e não joga mais no time.
Reivindica o atleta o recebimento pelo direito de imagem que, nos últimos anos, passou a fazer parte dos contratos profissionais no futebol.
Esse direito nada mais é do que a garantia legal da integridade que todo cidadão possui no cuidado com a sua exposição pública e, no mundo dos espetáculos, esse aspecto ganhou dimensões milionárias. Todo artista, e no caso o jogador de futebol é considerado atração na órbita do show business, negocia a permissão para a utilização da imagem mediante pagamento ou através de gratificações financeiras, dependendo dos termos do contrato.
Há quem confunda o direito de arena, vinculado ao direito trabalhista, com o direito de imagem, que é tratado pelo Código Civil. O direito de arena diz respeito à participação do profissional em shows, competições etc, que vendem ingressos nos locais onde são realizados e negociam as transmissões dos eventos para o rádio e a televisão. O direito de imagem está ligado aos fins comerciais, tais como campanhas promocionais ou de vendas de produtos, conquista de fãs, associados e outras modalidades de publicidade e marketing.
Deivid alega que não vinha recebendo o direito de imagem, que faz parte integrante do contrato em vigência, e o clube se defende por meio do presidente Vilson Ribeiro de Andrade, para o qual a taxa só deve ser paga caso o clube utilize a imagem do atleta. Sem pretender entrar no mérito da questão, por desconhecimento jurídico da matéria na sua amplitude, surpreende a declaração do dirigente coxa-branca, que é um dos líderes do fair play financeiro no futebol brasileiro. Algumas imagens estão distorcidas.
No olho do Furacão
O projeto Adriano no Atlético havia sofrido pequeno abalo com o alongamento da licença concedida para uma semaninha de descanso no Rio de Janeiro. O Imperador voltou, conversou com o mandachuva do clube e foi reintegrado ao programa de recuperação física, técnica e psicológica em andamento no CT do Caju.
Para quem conhece futebol sabe que um atleta só readquire a melhor forma jogando, pois os treinamentos não bastam e, neste caso, o Campeonato Estadual está à feição para a recuperação de Adriano. Mas, ao invés de escalar o famoso craque para ganhar ritmo, confiança e tentar voltar a marcar gols em partidas tecnicamente mais fáceis, de maneira equivocada a comissão técnica colocou-o em campo apenas por alguns minutos em duas partidas na Libertadores.
O Imperador entrou, literalmente, no olho do Furacão ao reclamar do técnico Miguel Ángel Portugal por só ter jogado cerca de dez minutos na derrota em Buenos Aires. A torcida anda com saudades de Vagner Mancini.
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