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Foi uma das melhores partidas do campeonato até agora e o Atlético mereceu a dramática vitória porque jogou com inteligência estratégica e jamais abdicou da busca pelo gol.

O Avaí começou com tudo, pressionando pelo lado direito do ataque com Nino Paraíba e Roberto dando muito trabalho ao ala esquerdo Sidcley, que não deu conta do serviço e foi substituído logo aos 20 minutos por Natanael. Foi uma sacada rápida e objetiva de Milton Mendes, pois através da substituição, a marcação melhorou e a dupla Otávio-Hernani começou a dar o tom municiado ao ataque, até que Cryzan serviu Marcos Guilherme para a feitura de um gol com invejável categoria.

Na etapa complementar, o Furacão seguiu melhor, firme na retaguarda e com todas as possibilidades de ampliar a vantagem. Porém, esbarrou na infinidade de passes errados que inibiram a chegada forte para o segundo gol no contra-ataque. Na falha de Pereirinha, que estreou e deve ter sentido falta de Durval Leal – dupla famosa na antiga Rádio Marumby –, e na desarrumação da zaga, os catarinenses empataram.

Dali em diante o jogo pegou fogo com lances espetaculares de todos os lados, destacando-se Marcos Guilherme pelo oportunismo do segundo gol e o arqueiro Weverton pela defesa do pênalti, além de outras intervenções portentosas.

O árbitro que deixou de marcar uma penalidade real cometida por Natanael acabou assinalando a infração inexistente de Kadu, que apenas cercou o atacante, e ambos foram ao solo em choque normal.

O empate seria resultado injusto ao Atlético pelo que realizou no curso da partida em seu quarto triunfo sobre equipes de Santa Catarina.

Coxa guerreiro

O empate obtido nos minutos finais premiou o esforço dos jogadores do Coritiba, pois o que falta de qualidade técnica sobra de vontade.

O Corinthians jogou à meia-força, especialmente depois que fez o gol, e apenas uma única vez voltou a ameaçar a meta de Wilson que praticou bela defesa na cabeça de Edu Dracena. No segundo tempo, o time paulista deu a nítida impressão de que estava satisfeito com o placar mínimo, mas recuou perigosamente, cedeu espaço e foi merecidamente castigado com o gol de Evandro.

Com jogadores de maior categoria técnica, mas contidos em campo, o Corinthians aceitou a pressão coxa-branca. Mesmo desorganizado no plano tático, o Coxa foi guerreiro e estabeleceu um cerco em torno da grande área adversária, até que Negueba lançou Rafhael Lucas que cruzou para o jovem Evandro completar.

O pontinho conquistado em casa pode não resolver o problema matemático do Coritiba, mas deve refletir no ânimo do grupo para os próximos desafios.

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