Demorou pouco tempo para que o novo técnico da seleção brasileira tivesse a sua janela aberta para acalorados debates entre os torcedores.
Se Dunga foi uma espécie de recordista em desagrado geral na maioria de suas convocações, culminando com aquela feita para a disputa da Copa na África do Sul, Mano Menezes permanece em lua de mel com a mídia e a torcida, mas abriu pequeno espaço para análises e discussões a partir do retorno de Ronaldinho Gaúcho.
O craque que pintou como projeto de novo Pelé acabou como coadjuvante de Ronaldo e Rivaldo na conquista do pentacampeonato mundial; fracassou, como todos os demais, na Copa da Alemanha e decepcionou na tentativa de Dunga resgatá-lo para a seleção na última Olimpíada.
Trocou o Barcelona pelo Milan e até agora não aconteceu como astro principal. O momento técnico de Ronaldinho Gaúcho é delicado, tanto quanto de Robinho, Pato, Ibrahimovic e outros que não conseguem recuperar o Milan, que não viu a cor da bola em recente confronto com o Real Madrid e segue patinando no Campeonato Italiano, daí a surpresa pela sua convocação.
Mano Menezes não ofereceu maiores explicações, limitando-se a dizer que estava dando uma nova oportunidade ao veterano atacante que, como se sabe, dificilmente disputará a próxima Copa do Mundo.
Chamou mais a atenção o fato de um outro brasileiro, mais jovem, que atua na mesma faixa de campo ocupada por Ronaldinho Gaúcho e que esta arrebentando no Lazio, o atual líder do campeonato, não ter sido chamado para o amistoso com a Argentina: Hernanes, ex-São Paulo.
Hernanes tem muito mais a oferecer à seleção do que Ronaldinho Gaúcho e ambos dificilmente terão vez como titulares quando Ganso recuperar a forma.
Queda
O atual Campeonato Brasileiro vem apresentando baixos índices de público nos estádios e começa a assustar os grandes clubes que só ultimamente voltaram os olhos para as bilheterias dos jogos.
Acostumados a viver em torno das verbas da televisão, dos patrocinadores e das vendas de jogadores para o exterior, muitos clubes passaram a valorizar o público pagante a partir das bem sucedidas campanhas de sócios da dupla Grenal e do Atlético, que conseguem manter apreciável média de público em seus estádios.
A queda mais acentuada deu-se no eixo Rio-Belo Horizonte-São Paulo pelo fechamento do Maracanã e do Mineirão em obras para a Copa e do crônico problema de estádios na capital paulista.
Como o drama se estenderá nos próximos dois anos, os clubes começam a estudar as possibilidades da conquista de sócios-torcedores e, sobretudo, de melhorar os horários, eliminando o absurdo que representa iniciar uma partida de futebol às 10 horas da noite.
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