Aumenta o grau de pressão da Fifa sobre o Morumbi, como sede do jogo de abertura e uma das semifinais da Copa de 2014.
Diversas falhas foram apontadas pelo comitê da entidade do futebol mundial, tanto dentro quanto fora do antigo estádio paulista.
Há quem enxergue por trás de tantas exigências o jogo bruto da política com os mineiros Ricardo Teixeira e Aécio Neves tentando levar a festa de abertura para Belo Horizonte.
O governador paulista, José Serra, e também candidato a presidente da República, adiantou que não colocará um tostão de dinheiro público no Morumbi. Porém, como o Mineirão é estadual, o governador mineiro confirmou que vai embelezar aquela também antiga praça esportiva.
A Fifa mudou nos últimos tempos, pois em outros mundiais, como na Espanha, por exemplo, vimos partidas em dois estádios na mesma cidade: Sanchez Pijuan e Benito Villamarin, em Sevilha; Camp Nou e Sarriá, em Barcelona, ou Vicente Calderón e Santiago Bernabéu, em Madrid.
As exigências para os estádios brasileiros são acima do normal por tratar-se de um país carente em vários setores essenciais para a população que não pode, e não deve, injetar dinheiro público em obras faraônicas na atividade esportiva.
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EFABULATIVO: O gol com a mão do paranista Wellington Silva foi apenas mais um na vasta galeria.
Esta antológica história do futebol argentino passou-se em Cabajito, tradicional bairro das pizzarias em Buenos Aires.
Lançado no River Plate, em 1945, Di Stéfano que para Pelé e outros, inclusive eu, foi mais completo que Maradona decidiu uma partida com o Chacarita marcando um gol com a mão. Porém, naquele tempo não havia televisão e muito menos a maioria presente no estádio flagrou que em vez de cabecear "La Saeta Rubia" enfiou a mão na bola.
Apenas um mudo, torcedor do Chacarita, que se encontrava atrás da meta, viu a irregularidade e tentou transmitir o seu protesto através dos tempos. Ninguém levava o mudinho a sério até que, 25 anos mais tarde, retornou ao River Plate o ídolo Di Stéfano, daí na condição de diretor técnico da equipe. A chegada foi apoteótica e a imprensa não se cansou de destacar a arte, a trajetória e as suas conquistas jogando pelo Real Madrid.
Uma semana depois, a diretoria do River Plate levou o novo técnico para matar as saudades em uma das pizzarias de Cabajito e, entre tantos outros, lá se encontrava aquele mudinho que passara os últimos 25 anos confirmando a ilegalidade do gol contra o seu amado Chacarita.
Quando ele viu Di Stéfano entrar no restaurante não se conteve, arregalou os olhos e solicitou aos companheiros de mesa que o levassem até o antigo craque para tirar aquela dúvida cruel.
Um deles pediu licença e contou a história para Di Stéfano, que se levantou e confirmou a todos: "Sim, o gol foi com a mão esquerda!". O mudinho caiu duro no chão.
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