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Tirante as novas polêmicas declarações de Pelé, a seleção brasileira reúne condições de realizar boa apresentação, passar pela França e alcançar a sua quarta semifinal consecutiva em Copas do Mundo. Os franceses, mais racionais do que emotivos, reconhecem a força do time brasileiro e estão cautelosos para a partida de logo mais.

Mesmo contando com craques do calibre de Zidane, Henry, Vieira e Ribery, eles sabem que o Brasil não é a Espanha.

Muito pelo contrário, os pentacampeões conhecem os caminhos do gol e sempre jogam com objetividade. O problema que tem incomodado muita gente e deixado a torcida angustiada é o excessivo pragmatismo do técnico Parreira que, inevitavelmente, contagia os jogadores.

Mesmo mantendo a ambição da conquista do título, observa-se a seleção um tanto contida em suas ações, com destaque ao posicionamento de Ronaldinho Gaúcho que, craque show e goleador no Barcelona, transformou-se em mero meia-armador e apenas mais um membro do sólido sistema de marcação.

Como a França não impressionou ninguém até agora e a vitória sobre a Espanha foi muito mais obra da limitação técnica dos espanhóis do que propriamente pelos méritos franceses, o Brasil poderia ganhar o jogo até com certa tranqüilidade. Para isso, bastaria jogar em alta velocidade, com passes de primeira e intensa movimentação dos atacantes para liquidar a fatura sem sustos.

Bem, isso em tese, claro, pois na prática para tornar o time brasileiro rápido e ativo no ataque Parreira teria de ousar colocando desde o início Cicinho, Gilberto, Juninho e Robinho, coisa que, evidentemente, não acontecerá.

Preparem-se, então, para mais um jogo amarrado e que será decidido pelo talento individual dos melhores jogadores.

Itália chegou

O esperado jogo entre Alemanha e Argentina acabou não correspondendo tecnicamente diante dos fortes sistemas de marcação e, sobretudo, pela pouca criatividade dos craques em campo. Foi uma partida burocrática, de muito respeito e na qual o resultado de igualdade acabou fazendo justiça.

Nos pênaltis os alemães foram mais frios e mais eficientes que os argentinos, que se despediram da Copa só empolgando mesmo contra Sérvia e Montenegro, aquele país europeu que não existe mais.

Devagar, com o seu tradicional estilo de jogo defensivo, mas com gente capaz no ataque, a Itália chegou à semifinal e vai fazer um clássico com a Alemanha.

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