Esperava-se mais do encontro entre Paraná e Coritiba, afinal estavam em campo dois candidatos ao título. Foi uma partida disputada com ardor, porém com uma técnica inferior e alguns jogadores fora de ritmo, fato natural em início de temporada.
O técnico Toninho Cecílio tentou explorar o lado direito do ataque, mas os jogadores não responderam à altura e não revelaram capacidade para tirar proveito da improvisação do técnico Marquinhos Santos no setor esquerdo da defesa. Foi uma armação temerária, com Chico na quarta zaga e o pesadão Escudero como ala esquerda. Acabou dando certo, um pouco pelo trabalho eficiente dos volantes William, Gil e Robinho e muito pela inoperância do ataque paranista.
O Paraná apresentou maior volume de jogo, entretanto, sem objetividade e nas vezes em que houve finalização o goleiro Vanderlei interveio com segurança. Isso no primeiro tempo. Na etapa complementar, o Coxa soltou-se, Alex encontrou espaço para manobrar e até algumas chances de gol aconteceram, entre as quais um arremesso do veterano meia contra o travessão da meta guarnecida por Luís Carlos. O Paraná mostrou-se confuso na armação, com uma atuação pouco inspirada do experiente Lúcio Flávio e com Luisinho completamente isolado no ataque, facilitando a tarefa dos adversários.
Chamou atenção a discussão entre Lúcio Flávio e Rubinho para a cobrança de uma falta nas proximidades da área. Rubinho implorou para cumprir o tiro livre direto e Lucio Flávio apresentou tantas argumentações que só faltou exigir uma solicitação por escrito com firma reconhecida. Acabou cedendo e Rubinho bateu de maneira imperfeita com a bola desviando na barreira.
Nos instantes finais, o Coritiba pressionou, tentando chegar ao gol da vitória, mas o jogo acabou mesmo no empate. Segura arbitragem de Felipe Gomes da Silva.
Evolução
Sem o Atlético como competidor direto, o Turno passou a ser uma disputa entre Coritiba, Paraná e Londrina, com favoritismo para o atual tricampeão.
Quando puder contar com todos os titulares na plenitude técnica e física a tendência é que o treinador Marquinhos Santos reúna condições de adotar sistema de jogo mais ofensivo, sem correr os riscos que enfrentou nos jogos com o J. Malucelli, quando não mereceu vencer, e com o Paraná, quando não mereceu perder. Por enquanto, mesmo mal o Coxa está na liderança.
O Londrina terá de mostrar a sua verdadeira face ao longo do Campeonato, pois os dois últimos tropeços indicam que a equipe ainda necessita evoluir para ameaçar a soberania coxa-branca. O Paraná desperdiçou a chance de vencer o Coritiba na Vila Capanema e talvez não encontre outra oportunidade no futuro.
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