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O Atlético desembarcou em Santiago como se fosse a última etapa de uma espécie de jogo do labirinto.

Labirinto, por definição, é uma vasta construção onde uma rede de salas e galerias se entrecruzam de tal maneira que fica difícil encontrar a saída. O labirinto construído em jardins é mais bonito.

Desde o início desta temporada, talvez empolgado pelo sucesso obtido no ano passado – com as conquistas do título estadual e da vaga na Libertadores – o técnico Paulo Autuori vem recebendo críticas e observações sobre o seu trabalho. Contando com a boa vontade da diretoria, que já teria lhe apresentado convite para ocupar o cargo de supervisor geral do futebol, o técnico foi testando jogadores e soltando o verbo em longas entrevistas.

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Enquanto o time alcançava os resultados, mesmo jogando mal, as coisas funcionaram. Até que veio a fatídica semana durante a qual o Furacão sofreu duas goleadas de 3 a 0 para Coritiba e San Lorenzo, na Arena da Baixada, e derreteu nos 6 a 2 para o Bahia.

O futebol pede simplificação para que a equipe se entrose, adquirira confiança, consistência e, sobretudo, padrão de jogo. Mas o comando técnico atleticano preferiu promover um confuso rodízio de jogadores. Deu nisso que está aí.

Mesmo com a volta dos titulares, a grande curiosidade em torno da partida com o Universidad Católica é descobrir como o time se portará no plano tático e técnico dentro do labirinto em que se meteu.

Boa estreia

Mais uma vez o futebol mostrou que, além de ser uma atividade lúdica, é absolutamente arrebatador.

Na aguardada estreia do Coritiba no Campeonato Brasileiro todas as atenções estavam voltadas para os jogadores campeões, mas o dono da noite foi o jovem meia Tomas, vindo do J. Malucelli.

Com dois gols, por meio de tiros livres diretos batidos à perfeição, Tomas já conquistou o coração do torcedor coxa-branca.

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Mas teve mais, muito mais na boa estreia alviverde.

Houve um pênalti claro não marcado a favor, um gol mal anulado do adversário e duas falhas mortais do goleiro Kléver que abriram o caminho da goleada.

O mais gordo, mas ainda altamente técnico, Walter diminuiu para o Atlético-GO.

É disso que é feito o futebol: surpresas, acidentes, erros e acertos, mas, via de regra, vence o time melhor preparado e que mostra mais qualidade.

E isso o Coritiba conseguiu.

Será preciso a lapidação de alguns elementos e uma atenção redobrada na parte física, pois o ritmo moderno faz com os atletas sofram muitas lesões. Anderson e Neto Berola deixaram o campo com desconforto muscular.

Mas Pachequinho conta com variedade de escolha no novo elenco coxa-branca.

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