O Coritiba poderia estar chegando às últimas rodadas do turno com folga na liderança, pelo padrão de jogo mostrado e pelo volume de pontos obtidos, mas os dois últimos resultados o colocaram na berlinda e a partida com o Figueirense tornou-se emblemática: ou o Coxa responde positivamente ou mergulha de vez em perigosa crise técnica.
Por mais que se pretenda elaborar teorias em torno da queda de rendimento da equipe a verdade maior prende-se ao estresse que, lamentavelmente, alcançou todo o elenco depois de 16 jogos fora de casa. Ninguém merece.
Mas há longo caminho a ser percorrido e, consequentemente, muito tempo para Ney Franco recolocar a casa em ordem.
Já a campanha do Paraná tem sido irregular, porém ele consegue manter-se na zona intermediária da classificação e, portanto, em condições de alimentar o sonho da reação.
Hoje será o típico jogo para somar três pontos e reconciliar-se com a torcida, afinal o ASA não chega a ser um adversário de alta envergadura.
Boas dúvidas
Se Carpegiani tem dúvidas para escalar o time do Atlético que jogará com o Grêmio, elas devem ser consideradas boas. Ou, por outra, seria pior se em vez de contar com diversas opções para a formação do meio de campo e o ataque ele tivesse à disposição um elenco modesto.
Cabe ao técnico decidir como escalar Paulo Baier e Branquinho juntos tendo em vista que, pelas características, eles ocupam o mesmo espaço do gramado.
Paulo Baier tem sido a principal referência atleticana, sobressaindo-se pela liderança que exerce e pela excelência nas execuções de tiros livres ou escanteios; Branquinho mostrou-se mais integrado à dinâmica de jogo no sistema de armação, contribuindo de forma tão efetiva no conjunto quanto o veterano meia. Mas nada impede que joguem juntos, desde que se desloquem mais e não se restrinjam à mesma faixa do campo.
Com Maikon Leite e Bruno Mineiro somando atuações positivas o grande problema de Carpegiani chama-se Guerrón. Ausente das ações coletivas, sem iniciativa para o drible ou a tentativa de finalização e invariavelmente entregando-se à marcação adversária, até agora o equatoriano tem sido um fiasco.
Mas não é porque custou caro que Guerrón deve ser escalado indefinidamente.
Se conseguir aproveitar o fator mando de campo e somar os seis pontos em cima de Grêmio e Ceará, o Furacão vira o turno longe do rebaixamento e muito próximo da zona de classificação para a Libertadores.
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