• Carregando...

Se o técnico Geninho usou a pressão da torcida como argumento para a humilhante goleada sofrida diante do Coritiba, que se prepare para mais pressão hoje.

É uma coisa óbvia: o clube chamou a torcida, ela atendeu ao pedido associando-se e garantindo a lotação do estádio em todos os jogos. O torcedor atleticano é tão fiel e apaixonado que chegou a comprar cadeiras na planta. A pressão faz parte da festa do futebol e, invariavelmente, ela é altamente positiva para inibir os adversários. A propósito, todos reconhecem o efeito Arena da Baixada.

Geninho deve colocar na cabeça que ele foi o principal responsável pela catástrofe rubro-negra, já que armou de forma equivocada a meia-cancha e não escalou desde o início a revelação Wallyson, que, em poucos minutos, bagunçou a defesa do Coxa. Aliás, nem a diretoria e muito menos o técnico estão sabendo lidar com Wallyson, um jogador que se encorpou no CT do Caju, adquiriu experiência e apresenta-se como uma jóia rara lapidada que só precisa jogar para brilhar.

Com boas opções de zagueiros na suplência, surge óbvia a escalação de Chico como volante para fortalecer a marcação, pois, se levou quatro do Coxa, não dá para bobear frente ao embalado Corinthians.

A realidade

O auxiliar Édison Borges corrigiu os erros táticos, preparou a equipe para o clássico e René Simões ficou com as glórias da retumbante vitória que lavou a alma da torcida coxa-branca.

À partir de hoje começa a realidade, pois a motivação dos jogadores será outra e o adversário - o CSA - certamente estará muito melhor preparado no plano tático do que o adversário de domingo.

Acostumado com as refregas da Segunda Divisão, quando liderou a árdua campanha do Coritiba, René Simões terá a oportunidade de mostrar suas qualidades como estrategista na Primeira Divisão que se aproxima e na Copa do Brasil.

O time do Coritiba tem sido irregular como a maioria no atual futebol brasileiro, mas conta com jogadores de qualidade que, quando estão a fim, desequilibram a favor. Leia-se: Rodrigo Mancha, Carlinhos Paraíba, Marcelinho Paraíba, Marcos Aurélio e Marlos. Nas partidas anteriores, com o Bahia e o Iraty, eles estavam sem inspiração, o time patinou e acabou rolando a cabeça de Ivo Wortmann.

Vila dos reis

A Vila Belmiro foi palco do encontro de reis: Pelé no camarote torcendo pelo Santos e Ronaldo em campo barbarizando pelo Corinthians.

Pelé foi o melhor de todos os tempos, tanto em qualidade quanto em eficiência, ao ultrapassar a barreira dos mil gols. Ronaldo continua sendo o maior atacante do futebol mundial.

Todos falam do segundo gol, uma obra de arte, mas a matada com o pé direito no lance do primeiro gol, seguida do arremate preciso com o pé esquerdo, foi coisa de gênio da bola.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]