Atentos observadores do comportamento humano já trataram da diferença entre a mamma judia e a mãe italiana. É que a mãe italiana grita para o filho: "Se você não comer, eu te mato !"; e a iídiche: "Se você não comer, eu me mato !".

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Nos dois casos, os filhos acabam aprendendo a comer e, também, que não devem levar tão a sério nem a chantagem da mãe judia nem a ameaça da mãe italiana.

É questão de saber analisar a situação, ouvir com serenidade e dar o peso adequado tanto às palavras quanto à carga emocional.

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O jogo de hoje e os demais jogos devem ser encarados pelos profissionais do Coritiba com a mesma atenção dos meninos da historinha aí de cima. Ou seja, a comissão técnica não deve errar na dose quando tenta motivar a equipe ou justificar os fracassos, da mesma forma que os jogadores precisam jogar com a alma que o momento está exigindo.

Sabendo que a torcida está em clima de guerra com a diretoria, pelos erros cometidos e pela queda para a Segunda Divisão, e com os nervos à flor da pele com o que o time coxa-branca vem apresentando em campo, é importante que os profissionais mantenham a tranqüilidade e não se deixem levar pelo nervosismo e muito menos passar a impressão de que não estão em condições de resolver o grave problema técnico que persegue o time há um bom tempo.

Algumas contratações podem ser contestadas. Contudo, será necessário que todos os novos valores estejam bem condicionados no plano técnico e físico para que seja processada uma serena avaliação. Simplesmente pichar dizendo que está tudo errado não levará o Coxa a lugar algum.

O momento exige equilíbrio emocional e, é claro, que se erre o menos possível, pois além da exigüidade de tempo para o trabalho todos sabem que o mercado interno de jogadores não dispõe de grandes estoques.

São mais de cem clubes nos principais campeonatos do país em busca de reforços e o dinheiro anda curto para a maioria.

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O time dos campeões

No comentário de ontem, tratei dos jogadores campeões mundiais que passaram pelo Atlético e acabei deixando de citar dois: Zequinha, meio-campista do Palmeiras que foi reserva de Zito na Copa do Chile, e Brito, zagueiro central do Vasco que foi titular da seleção na conquista do tricampeonato na Copa do México.

Zequinha veio para o Atlético na mesma leva dos campeões Bellini e Djalma Santos, no final da década de 60 e, Brito disputou o Campeonato Paranaense de 1975.

Ambos ficaram pouco tempo no Furacão, já que Nair ganhou a posição de Zequinha como titular e Brito foi embora logo que o time ficou fora da luta pelo título daquela temporada.