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Antes de tudo, peço desculpa aos caros leitores pela minha falha no artigo anterior. Mas, sinceramente, pela dificuldade de informação sobre o Atlético e por ter acompanhado com pouca atenção a sua excursão, nem percebi que ele havia perdido um dos jogos. Soube, agora, que ao colocar também no exterior o time reserva acabou derrotado por um adversário do mesmo nível.

Mantendo o tema do marketing no futebol é importante destacar que até alguns anos o maior contrato de patrocínio no Brasil não chegava a R$ 7 milhões por ano e hoje em dia passa de R$ 30 milhões no Corinthians, o que ainda é pouco diante da força do esporte mais popular do planeta. Além do significativo aumento das cotas pagas pelas redes de televisão que transmitem praticamente todas as partidas.

Entretanto, continuamos distantes dos números alcançados pelos grandes clubes europeus e, em termos de organização nos campeonatos e pelo anacrônico modelo do calendário, o Brasil está na idade da pedra pintada.

Outro aspecto falho é a dificuldade de lotar os estádios, ao ponto de chamar a atenção do holandês Seedorf – maior atração do Botafogo –, que não compreende o desinteresse do torcedor em assistir aos jogos ao vivo diante do grande fanatismo que ele observa em todos os lugares que frequenta. Clássicos no Rio e em São Paulo têm sido realizados para públicos pagantes de 15, no máximo 20 mil pagantes, algo impensável no futebol europeu.

Sem esquecer que os clubes que investem pesado na contratação de jogadores e representam o país em torneios internacionais são obrigados a disputar os deficitários e desinteressantes campeonatos estaduais em andamento.

Como o setor de diversões, no mundo todo, recebe cada vez mais investimentos, é natural que os times nacionais peguem uma carona nessa tendência, mas o dinheiro promocional poderia ser muito maior. Isso se houvesse um calendário sem interesse político e mais racional.

Só nos últimos anos diminuiu o conflito de interesses entre o patrocinador da televisão e os patrocinadores das placas nos estádios, mas existem federações que também participam da negociação de placas, criando mais confusão no sistema.

Outro ponto em que o marketing do futebol brasileiro ainda continua atrasado é no licenciamento das marcas e na exploração da venda das camisas, de outros itens dos uniformes e demais produtos ligados aos times. As negociações são atomizadas, conduzidas por diretores sem visão comercial moderna e que, por interesses políticos de clube, fecham os olhos para a concorrência com as torcidas organizadas que também exploram a marca.

Se melhorarem o planejamento e as relações comerciais, os clubes brasileiros têm tudo para entrar no Primeiro Mundo do grande negócio chamado futebol.

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