Se o panorama político nacional é aterrador, o futebol paranaense oferece a sua contribuição para más lições de democracia. Basta correr os olhos pelo noticiário em torno da eminente derrubada do presidente Rubens Bohlen, do Paraná, e o tumulto em torno da eleição na Federação.
No caso paranista, existe claro desgaste do atual presidente. Ele não consegue mais unir as correntes do clube. Como a instituição atravessa grave crise financeira, todos clamam por mudanças. No caso da Federação, verifica-se evidente apego ao poder por parte do presidente que luta pela reeleição e doses cavalares de interferência política na campanha do candidato da oposição.
Mais grave é a forma pela qual ambos se proclamam eleitos antecipadamente. Trata-se da marota fórmula dos apoios coletados, o que nos remete aos velhos tempos em que o dirigente José Milani despejava sobre a mesa eleitoral as procurações assinadas pelos pequenos clubes e ligas amadoras, para comandar a entidade durante 14 anos.
O grande Mayr
Ao mesmo tempo em que a torcida comemorava o triunfo do Operário sobre o Atlético, o basquete e a cidade choravam a morte do grande Mayr Facci.
A trajetória do Guarani de Ponta Grossa esta interligada com a história do basquete brasileiro. Foram trinta anos de glórias – de 1940 até o inicio da década de 1970 – quando o professor João Ricardo Borell du Vernay e um grupo de esportistas princesinos resolveram contratar jogadores que pudessem transformar a equipe em destaque nacional.
Chegaram Almir de Almeida, Barros Junior, Lucio Miranda, Cabeção e tantos outros com destaque ao craque Mayr. Juntaram-se aos pontagrossenses Schaia, Zanetti, Monta, Percy, Joel e algumas dezenas de jogadores que construíram os anos de ouro do basquete paranaense.Mayr e Almir de Almeida – nome do ginásio de esportes de Curitiba – participaram dos Jogos Olímpicos de 1952, em Helsinque e de 1956, em Melbourne.
Em seu último depoimento, o maior técnico de basquete de todos os tempos – Togo Renan Soares, o célebre Kanela – declarou: “Trabalhei com muitos jogadores de categoria no Flamengo e na seleção brasileira. Individualmente destaco dois pela extraordinária capacidade criativa: Wlamir Marques, do Corinthians e Mayr Facci, do Guarani de Ponta Grossa”.
Jockey Club
Acontece amanhã a eleição que pode mudar a história do Jockey Club do Paraná. Com a carta patente para a realização de corridas cassada em julho do ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foram interrompidos 141 anos de tradição por má gestão. Funcionários, veterinários, tratadores, treinadores e jóqueis foram dispensados. Agora surgiu a esperança desde que vença a chapa “Reconstrução”, liderada pelo empresário Paulo Irineu Pelanda.
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