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“Encontros do Araguaia” é um projeto organizado por conceituado grupo de jornalistas paranaenses. Nada a ver com a Guerrilha do Araguaia, exterminada pelas Forças Armadas no início da década de 1970 na região amazônica. Tratava-se de movimento comunista que tentava imitar as ações do guerrilheiro Che Guevara, morto pouco antes na Bolívia.

“Encontros do Araguaia” é uma criação coletiva para a produção de um livro e gravações em vídeo de entrevistados ilustres para futura utilização na web. O nome vem do condomínio onde reside o organizador da obra – Edifício Araguaia – jornalista Aroldo Murá que tem reunido, quinzenalmente, os convidados para conversas que certamente oferecerão uma visão substantiva do passado e do futuro do Paraná.

O objetivo principal é a memória preservada dos principais personagens da história da política paranaense neste e no século passado.

Depoimentos descontraídos ou vigorosos, que contribuirão de maneira robusta para o conhecimento da população.

Em matéria de memória esportiva, ainda estamos numa fase comparável à da tradição oral, quando os heróis e seus feitos passavam, de geração para geração, na forma de poemas e lendas.

Por isso aproveitei o convite para participar do almoço-entrevista com o ex-Senador Osmar Dias, pré-candidato a governador do estado, para registrar a sua importância no injusto rebaixamento do Atlético no desfecho do célebre “Caso Ivens Mendes”.

Para quem não lembra, em maio de 1997, o Jornal Nacional da Rede Globo divulgou gravações de telefonemas denunciando um possível esquema de corrupção no setor de arbitragem da CBF.

Há quase dez anos presidente da Conaf (Comissão Nacional de Arbitragem do Futebol) Ivens Mendes foi o pivô do caso que levou a CBF a cancelar os rebaixamentos de Fluminense e Bragantino com a suspensão do Atlético por um ano.

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Na tentativa de salvar o Furacão os dirigentes Marcus Coelho, Guivan Bueno e Mauro Holzmann foram a Brasília em busca de apoio. Encontraram o Senador Osmar Dias, que se colocou à disposição do representante paranaense.

A torcida atleticana ameaçava bloquear a rodovia Régis Bittencourt e a pista do aeroporto Afonso Pena se o time não voltasse à Série A.

Osmar Dias conduziu os dirigentes ao presidente do Senado Federal, Antonio Carlos Magalhães. Feito o relato e reconhecendo a sua gravidade, o político baiano telefonou para o presidente da CBF, Ricardo Teixeira: “Ricardo, o problema do Atlético não é mais da CBF, agora é da República!”.

Teixeira licenciou-se; assumiu o vice, Zequinha Sarney que determinou o campeonato de 1997 com 26 clubes, dois a mais do que nos anos anteriores.

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