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Para confirmar o rigoroso equilíbrio técnico do campeonato, basta recordar os jogos que envolveram os principais candidatos ao título: São Paulo e Palmeiras.

Ambos empataram jogando em casa com futebol tecnicamente inferior aos adversários. A trave salvou o São Paulo da derrota para o Coritiba e o Avaí esteve a pique de abrir uma goleada em pleno Parque Antártica.

Isso demonstra que o atual futebol brasileiro não conta com uma grande equipe, daí as dificuldades de voltar a levantar o título da Libertadores. Com o andamento do campeonato, os times foram se ajustando, melhorando o rendimento e aumentando, significativamente, o grau de igualdade.

No que concerne ao futebol pa­­ranaense, parece claro que a dupla Atletiba tornou-se refém do Cam­­peonato Estadual e vem desperdiçando o primeiro semestre. Ape­­nas com as rendas, os patrocínios e a motivação do Campeonato Bra­­sileiro é que os times são reforçados, mas levam alguns meses para o imprescindível entrosamento.

Só que, mesmo terminando relativamente bem a temporada – invariavelmente classificados para a tal Sul-Americana –, acabam desmanchando o trabalho, enfraquecendo o elenco e tendo de começar tudo de novo em janeiro. Se essa rotina for quebrada, é provável que Atlético e Coritiba consigam entrar no ano com toda força e possam procurar melhor sorte na Copa do Brasil e na largada do próximo Brasileiro.

Os grandes, que investem sempre na manutenção de elencos competitivos, transformaram-se em favoritos naturais ao título nacional porque os clubes emergentes perdem terreno no começo do ano com as disputas dos esvaziados e deficitários campeonatos estaduais.

Rodada

O Barueri continua sendo uma das grandes surpresas da temporada, pois ninguém apostava em suas possibilidades, mas ele continua longe da ZR. Porém, vem caindo na tabela e não chega a ser um adversário assustador para o Coritiba.

Embalado pelas festas comemorativas do centenário, o Coxa certamente contará com o apoio da torcida, hoje à noite, e reúne todas as condições de colher mais um triunfo no Alto da Glória.

O Internacional foi projetado pelos seus dirigentes como o candidato mais forte ao título. Gastou-se demais e o time acabou ficando apenas com a taça do Campeonato Gaúcho. Mas tenta reagir a tempo de, pelo menos, assegurar uma vaga na Libertadores.

Mário Sérgio é o típico técnico cirurgião, aquele que chega ao centro cirúrgico preparado com luvas, abre a barriga do paciente, retira a inflamação, costura e vai embora. Ou seja: tiro curto no comando da equipe.

Como o Atlético tem jogado me­­lhor fora do que na Arena da Baixada, renovam-se as esperanças dos torcedores no Beira-Rio. A sensação é de que o Furacão fica mais solto, mais leve e mais ousado sem a pressão da torcida.

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