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Junto ao assassinato do presidente JFK, o desaparecimento do sindicalista Jimmy Hoffa é um dos grandes mistérios da história norte-americana.

O carismático líder do poderoso sindicato de caminhoneiros foi visto pela última vez em 1975. Depois de sete anos de investigações infrutíferas ele foi declarado oficialmente morto pelas autoridades policiais.

Há algum tempo um antigo oficial de investigação de homicídios – Charles Brandt – anunciou que recebeu a confissão do crime através do braço direito de Hoffa, o irlandês-americano Frank Sheeran. Ele disse que matou o amigo por ser fiel a Máfia que encomendou o assassinato. No cinema, Jack Nicholson fez o papel de Hoffa e Danny DeVito o do amigo de fé.

No livro I heard you paint houses – Eu ouvi que você pinta casas – é contado como agem os atiradores que fazem contratos para atuar no mundo do crime organizado. É a frase com que os contatos para encomendar mortes usam com os matadores de aluguel.

Pintar uma casa é matar um homem na gíria do submundo norte-americano. A tinta é o sangue que salpica em volta da vítima.

Os sicários dispostos a eliminar alguém quando estão interessados no contrato respondem, como se fosse uma contrassenha, que também realizam tarefas de carpintaria, que significa se responsabilizar pelo desaparecimento do cadáver.

Hollywood está produzindo novo filme sobre o caso The Irishmann – O Irlandês – dirigido, como não poderia deixar de ser, por Martin Scorsese e protagonizado por Robert De Niro e Al Pacino.

Pano rápido e mudança de cenário.

Em maio do ano passado estourou a crise de corrupção no futebol mundial e diversos dirigentes foram presos, inclusive o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF, que cumpre pena de prisão domiciliar em Nova York.

Eleito para tentar apagar o grande incêndio da Fifa, o presidente Gianni Infantino ouviu os patrocinadores dos grandes eventos e passou a monitorar os cartolas de todos os continentes.

A Fifa parou de repassar verbas para a CBF referentes ao fundo da Copa do Mundo de 2014 e o atual presidente Marco Polo del Nero não viaja para fora do país possivelmente por receio de ser detido pelo FBI.

Chama atenção o fato de nada ter sido feito no Brasil para mudar o panorama do futebol, melhorar a situação e impor regras ou um Comitê de Ética para avaliar o comportamento dos dirigentes da CBF, das federações e dos clubes.

Mistérios insondáveis cercam as relações entre os cartolas do futebol brasileiro que segue administrado de forma amadorística, politiqueira e sem um calendário decente para atender as constantes reivindicações dos profissionais da bola.

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