O futebol brasileiro sofreu tantas transformações que os clubes precisam se reinventar para sobreviver dentro de um mercado selvagem.

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Espera-se que as coisas melhorem após as ultimas inovações na le­­­gislação esportiva, que alteram ca­­pítulos importantes das relações en­­tre associações e atletas e diminuem consideravelmente a influência dos tais agentes de jogadores e assemelhados.

Os clubes mantêm grandes estruturas com centros de treinamento, fazem investimentos nas categorias de base e não raras vezes ficam a ver navios nas maiores negociações.

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Até o singelo Campeonato Para­­naense, que se encerrou após arrastados quatro meses de disputa com pouca emoção para o torcedor, ensinou lições dos novos tempos.

Os clubes administrados no mo­­delo antigo – por dirigentes amadores e sem a intervenção de investidores – se deram mal, enquanto os chamados "clubes de dono" se de­­ram bem. A maioria dos times do in­­terior que se destacou na competição é gerenciada por grupos interessados no lucro.

No tradicional trio da capital, o Coritiba venceu de goleada. Ad­­minis­­trando o departamento de fu­­te­­bol de acordo com um figurino moderno e afinado com a nova realidade, conquistou o título invicto.

Na verdade, o Coxa sobrou na turma, porque mesmo com todas as dificuldades administrativas que enfrenta há alguns anos, conseguiu equilibrar as finanças e estabelecer um ambiente familiar entre dirigentes e profissionais, como um verdadeiro modelo de campeão.

A camaradagem entre os jogadores pode ser observada a cada partida, nos pequenos detalhes e nos pequenos gestos, como na comemoração de um gol ou na declaração de amor à camisa que estão vestindo. Isso passou no boca a boca para todo o país, ainda mais entre jogadores de futebol que passam o tempo todo grudados no celular, contagiando aqueles que estão propensos a aceitar um convite para jogar no Alto da Glória.

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O relacionamento favorável aliado ao talento de muitos jogadores fez do Coritiba um grande campeão e com boas perspectivas nas competições nacionais.

Ao contrário do vencedor, Atlé­­tico e Paraná perderam terreno no futebol e participaram do campeonato frustrando as expectativas dos torcedores.

A situação do Paraná é mais complicada. Sem um quadro social compatível com a nova realidade, com baixa frequência de público em seus jogos e rebaixado, terá de percorrer um longo caminho para atrair investidores e ajustar as contas.

O Atlético reduziu a ação de mar­­keting, tem se comunicado mal com a torcida e não consegue formar um time competitivo. Pelo contrário, o que se observa é um ambiente carregado. Uma equipe sem planejamento, desgastada pelas constantes mu­­danças e dispensas de técnicos e jogadores.

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