Quem gostou da apresentação da seleção fez elogios a alguns jogadores, mas ficou sem entender direito a euforia da mídia eletrônica e, sobretudo, a festa exagerada depois do jogo para comemorar uma conquista das mais simples.
Se fossem as seleções titulares vá lá, com Messi e companhia, mas a Argentina mandou para Belém um time que mais pareceu C do que B. E na verdade é isso mesmo, já que o A e o B são formados por jogadores que atuam fora do país.
Menos mal para o Brasil que com a sua equipe B conseguiu agradar mais do que a considerada titular, começando pelo goleiro Jefferson, que se mostrou mais seguro do que Júlio César, Réver mais inteiro do que Lúcio, mas principalmente Lucas, Borges e Neymar que se movimentaram bem no ataque.
Ronaldinho Gaúcho ficou na dele, porém longe de representar a solução dos problemas da meia-cancha e Cortês saiu-se bem, mas só ataca e marca mal. Lembrou um pouco Marinho Chagas El Rubio do mesmo Botafogo, que fez sucesso na década de 70, mas era descuidado na marcação e empolgava pela volúpia ofensiva.
A verdade é que temos de apostar nas novidades gostando ou não, já que a atual safra está longe de contar com os craques a que estávamos acostumados no passado. Surge como uma covardia criticar com dureza o trabalho de Mano Menezes quando se sabe da limitação técnica da maioria dos jogadores. O problema é que esses mesmos jogadores são exageradamente badalados pela imprensa e estão supervalorizados nas manchetes, entretanto negócio que é bom não sai.
A perda de prestígio salta aos olhos quando se dá uma espiada no ranking dos jogadores mais caros negociados na janela de meio do ano na Europa.
Entre as 20 principais negociações não houve um único brasileiro. E a lista tem uruguaio, belga, suíço, chileno, sendo o argentino Agüero a maior transação da temporada.
Neymar é a exceção e não deve passar das finais do Mundial de Clubes em dezembro para deixar o Santos.
Moderadamente, Mano Menezes passou a acreditar um pouco mais nos jogadores que atuam em clubes nacionais, podendo, verdadeiramente, mesclar de agora em diante a seleção com aqueles que jogam no exterior.
Atletiba
A dupla paranaense continua a saga nas duas pontas da classificação: enquanto o Coritiba tenta decolar em busca de um lugar na Libertadores, o Atlético procura sair da zona de rebaixamento.
As duas missões são difíceis, mas vejo maior grau de dificuldade para o Coxa encostar, efetivamente, nos primeiros colocados pelo que vem jogando fora. Não basta só vencer em casa. Está passando da hora de somar pontos como visitante.
Para o Furacão fugir da degola precisa apresentar melhor futebol, especialmente na peça ofensiva, e voltar a ganhar jogos na Arena da Baixada.
Deixe sua opinião