Para muitos, o Cam­­peo­nato Brasileiro está sensacional, pelo equilíbrio de forças e a disputa de pelo menos cinco equipes diretamente pelo título. Nem mesmo o baixo nível técnico de di­­­versos jogos, gramados ruins ou arbitragens contestadas consegue empanar o brilho da disputa pelas vagas na ambicionada Libertadores, na desprezada Sul-Americana e, tcham, tcham, tcham, no embate dramático contra o rebaixamento.

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A rivalidade entre as torcidas fala mais alto.

Enquanto os cariocas – privados do Maracan㠖 vão quebrando o galho com jogos no Enge­­nhão, os times mineiros sucumbiram com a falta do Mineirão e o elegeram como o maior motivo do vexame neste ano.

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O Cruzeiro, que disputou os títulos das últimas temporadas e teve cadeira cativa na Li­­ber­­ta­­dores, amarga um discreto 14.º lu­­gar, enquanto o Galo e o Amé­­rica se­­guem no rebolo do rebaixamento.

Dentre os paulistas, o Pal­­mei­­ras lamenta a falta do Par­­que An­­tártica, em reforma, mas mantém incólume o seu destrutivo cotidiano político com maléficos efeitos na equipe.

Ora por declarações de jogadores, ora por interferência das torcidas organizadas, que têm influência no clube, ou pelo des­­tempero de Felipão, em sua fase menos inspirada nos últimos tempos. Corin­­thians, São Paulo e Santos bombam como sérios pretendentes a ficar com a taça de campeão.

Os gaúchos patinam tanto quanto os paranaenses. Se bem que o Coritiba emite sinais de que pode consolidar a sua arrancada nas próximas rodadas: hoje, ao receber o combalido Cruzeiro, e na possibilidade de quebrar de vez o encanto de não jogar bem fora de casa vencendo Ceará e Figueirense, dois adversários tecnicamente inferiores.

Observando o time coxa-branca é fácil concluir que se trata de uma formação bem constituída, tanto que se impõe naturalmente aos rivais quando joga no Alto da Glória. E, mesmo perdendo como visitante, não joga mal. Do­­mingo, por exemplo, o Coxa escapou por pouco de perder o jogo no primeiro tempo, mas teve capacidade de equilibrar-se na etapa final, controlar o ímpeto do In­­ternacional e assegurar o empate. E essa capacidade de or­­ganização tática se reflete no crescimento da equipe quando joga como mandante. Daí a expectativa de uma vitória diante do Cruzeiro.

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Tenho sido abordado por inúmeros torcedores do Atlé­­tico que, primeiro, desabafam contra o desempenho da diretoria e do ti­­me; depois, reclamam que a mídia só critica o Furacão. Concor­­do com a de­­sastrosa campanha e respondo a reclamação com um desafio: ofereça-me um motivo para elogiar o atual futebol do Atlé­­tico. A incessante mudança de dirigentes, supervisores, técnicos, preparadores físicos, jogadores ou as más condições do gramado da Arena da Bai­­xada?

Ah, sim, não houve troca de mé­­dicos no clube. Parabéns ao dou­­tor Edílson Thiele e a sua equipe.