O Atlético apresentou maior volume de jogo, criou inúmeras oportunidades para marcar e o São Paulo conseguiu o empate graças à extraordinária atuação do goleiro Rogério Ceni e dos grosseiros erros do árbitro Gutemberg Fonseca.
O jogo agradou mais pela vibração e velocidade do que pela técnica, já que as equipes mostraram falhas na meia-cancha com poucos jogadores de qualidade na criação.
Muitas jogadas na base da ligação direta, especialmente por parte do Atlético, que mesmo tendo contratado uma dúzia de novos valores continua com problemas no sistema de armação. Cresceu no jogo com as entradas de Branquinho e Maikon Leite, este autor do golaço que fez justiça no placar ao empatar a partida.
No gol do São Paulo, falhou o zagueiro Manoel permitindo que Marlos tocasse a bola para Cléber Santana finalizar sem chance para Neto. Bom jogador, mas afoito, Manoel foi expulso em jogada forçada após uma bola perdida pelo guerreiro Paulo Baier.
Guerrón voltou a desperdiçar oportunidade de ouro no começo da partida e pouco contribuiu, o mesmo acontecendo com o estreante Nieto.
Foi sentida a ausência de Vagner Diniz, da mesma forma que representou uma temeridade o técnico Carpegiani não ter convocado nenhum zagueiro de ofício para o banco de reservas. Mas o drama mesmo foi no meio de campo com baixo rendimento de Vitor e a conhecida limitação técnica de Chico e Netinho. Salvou-se Paulo Baier pela luta. Quando poderia ter virado o placar, o Furacão foi atrapalhado pelo árbitro que segurou o ataque com marcações absurdas de impedimento.
O São Paulo foi eliminado da Libertadores e terá de reformular o time se quiser melhorar a campanha no campeonato, pois se mostrou inseguro na retaguarda e com reduzida capacidade inventiva do meio para frente.
O empate em casa acabou sendo um mau resultado para o Atlético que segue na bacia das almas penadas.
Voa, Coxa
A Vila Capanema reviveu os seus melhores dias de casa cheia, pois além da importância do encontro o frio deu um tempo e a ensolarada tarde de sábado representou um convite ao futebol.
Com a bola correndo, houve equilíbrio tático e técnico, entretanto no plano individual o Coritiba mostrou melhores cartas e soube fazer o jogo de paciência. Conteve o ímpeto do adversário, conseguiu neutralizar as suas estocadas ofensivas e, na hora certa, marcou o gol da vitória em bela jogada do meia Dudu completada por Rafinha.
Contrariado por ter sido marcado pela torcida paranista com vaias sempre que tocava na bola, Rafinha extravasou após o gol com o já tradicional e maroto sinal de silêncio para o público pagante. No caso, público vaiante, com licença do mestre Aurélio Buarque de Holanda.
Com mais este triunfo, o Coxa quebrou a longa invencibilidade do Paraná na Vila e voa livre na liderança do campeonato.
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